Deltan
Dallagnol volta a ser julgado pelo Conselho Nacional do Ministério Público
nesta terça-feira. Será o primeiro, depois que ele abandonou a Lava Jato. O
motivo é uma ação do senador Renan Calheiros que acusa Dallagnol de uma
campanha no Twitter contra sua candidatura na eleição para a presidência do
Senado em 2019
Deltan Dallagnol (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) |
247 - O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) deve
julgar nesta terça-feira (8) um processo disciplinar contra Deltan Dallagnol,
agora ex-coordenador da força tarefa da Lava-Jato em Curitiba. Trata-se de uma
ação do senador Renan Calheiros. Ele pode ser condenado no máximo à pena de
censura, que, nas palavras de um integrante do órgão, equivale a um "puxão
de orelha". Na prática, essa pena, se aplicada, pode atrasar sua
progressão na carreira, ou servir como agravante em futuros julgamentos no
CNMP, onde Deltan enfrenta outros processos, informa O Globo.
Renan Calheiros
(MDB-AL) acusa Dallagnol de ter feito campanha no Twitter em 2019 para atacar
sua imagem e influenciar na eleição da presidência do Senado. Na queixa, Renan
reclamou de mensagem compartilhada pelo procurador, na qual ele dizia que
Renan, se eleito, dificultaria o combate à corrupção. O senador acabou perdendo
a disputa pelo comando do Senado para Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O processo não havia sido incluído na
pauta porque até a semana passada estava valendo uma decisão do ministro Celso
de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo a análise do caso. No
fim de semana, porém, outra decisão, dessa vez de Gilmar Mendes, liberou a
realização do julgamento. Ele levou em conta o argumento do conselheiro Otavio
Luiz Rodrigues Júnior, do CNMP, segundo o qual o caso prescreveria na
quinta-feira desta semana, se não julgado. O mais provável é que, com a decisão
de Gilmar, o CNMP realize o julgamento na manhã desta terça-feira.
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