O pior
ministro do Meio Ambiente da história do Brasil, Ricardo Salles, que tem estimulado
a grilagem e fechado os olhos para a destruição da Amazônia e do Pantanal, o
que causará prejuízos bilionários ao País, decidiu agredir o ex-presidente
Lula, que cobra ação governamental contra as queimadas
Ricardo Salles, queimadas e Lula (Foto: Reuters | Felipe L. Gonçalves/Brasil247) |
247 - O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, resolveu
atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez cobranças às Forças
Armadas contra o incêndio que consome grande parte do Pantanal e afirmou que o
titular da pasta "é um cidadão descaracterizado de caráter". "Molusco, fica na sua", tuitou Salles,
compartilhando parte de uma entrevista à CNN Brasil em que culpa os governos do
PT pelo desmonte da infraestrutura de combate a incêndios florestais.
Em consequência
das queimadas, o governo do Mato Grosso do Sul, por exemplo, decretou, na
segunda-feira (14), estado de emergência ambiental por conta das queimadas na
região. De acordo com estimativa do Ibama/Prevfogo, área atingida pelo fogo já
ultrapassa de 1.450.000 hectares em três biomas que passam pelo
território sul-mato-grossense - Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica. A Polícia
Federal investiga os responsáveis
pelos incêndios.
De acordo com levantamento feito pelo
Greenpeace Brasil, a Amazônia superou, na segunda-feira (14), o total de focos
de calor registrado em todo mês de setembro de 2019. Nos primeiros 14 dias
foram registrados 20.486 focos de calor, um aumento de 86% na comparação com o
mesmo período do ano passado. Em 2020, já foram identificados 64.498 incêndios
no bioma.
Em sua entrevista, Salles lembrou da
prisão de Lula. "Quem roubou o Brasil e por isso ficamos sem dinheiro para
investir tanto na infraestrutura, quanto nas equipes, foi o governo dele e do
poste dele, da presidente Dilma, que nos legou uma estrutura completamente
desmontada quer seja pela incompetência, pela corrupção ou pela falta de
caráter que esse grupo que dominava o governo nos deixou", afirmou.
O ex-presidente
foi condenado sem provas no processo do triplex no Guarujá (SP), acusado de ter
recebido um apartamento como propina da OAS, mas nunca dormiu nem tinha a chave
do imóvel. Ao apresentar a denúncia, em 2016, o procurador Henrique Pozzobon
admitiu que não havia "provas cabais" de que Lula era o proprietário
da unidade.
Já o ministro foi condenado em primeira
instância por coagir um funcionário a liberar uma área de mineração a mando da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Salles é investigado
por enriquecimento ilícito e, após assumir o cargo no governo Bolsonaro, cortou
77% dos conselheiros do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
As críticas à gestão dele na pasta
aumentaram a partir do segundo trimestre deste ano, após a divulgação de
conteúdo de um vídeo da reunião ministerial que aconteceu no dia 22 de abril,
quando Salles sugeriu que o governo deveria aproveitar a atenção da imprensa
voltada à pandemia de Covid-19 para aprovar "reformas
infralegais de desregulamentação e simplificação" na área do meio ambiente
e "ir passando a boiada".
Um levantamento publicado na semana
passada pelo jornal Folha de S.Paulo em
parceria com o Instituto Talanoa mostrou que, entre março e maio deste ano, o governo
publicou 195 atos no Diário sobre o meio ambiente. Nos mesmos meses
de 2019, foram apenas 16 atos publicados relacionados ao tema, um aumento de 12
vezes.
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