O governo
Jair Bolsonaro apresentou uma proposta orçamentária para 2021 que prevê o menor
nível para as despesas discricionárias (investimentos e custeio da máquina
administrativa) da série histórica. Elas cairão de R$ 116,4 bilhões em 2019
para R$ 96,05 bilhões
Bolsonaro e Guedes participam de cerimônia no Palácio do Planalto (Foto: REUTERS/Adriano Machado) |
247 - O governo Jair Bolsonaro, que tem Paulo Guedes no
Ministério da Economia, apresentou nesta segunda-feira (31) uma proposta
orçamentária para 2021 que prevê o menor nível para as despesas discricionárias
(investimentos e custeio da máquina administrativa) da série histórica. Elas
cairão de R$ 116,4 bilhões em 2019 para R$ 96,05 bilhões. Para chegar a esse
valor, a equipe econômica levou em consideração o fim da desoneração da folha
de 17 setores da economia, que ainda será avaliado pelo Congresso Nacional. A
informação é do jornal Valor Econômico.
O valor dos investimentos é preocupante especialmente em um
contexto no qual está e vigor, desde o governo Michel Temer, a PEC do Teto dos
Gastos. A Proposta de Emenda à Constituição congelou investimentos públicos por
20 anos. Neste período, o investimento de um ano deve corresponder ao do ano
anterior, somente corrigido pela inflação.
O governo aposta no setor privado para retomar o crescimento,
mas esta aposta ainda não deu resultado, uma vez que as organizações
empresariais investirão onde há demanda. Mas, além dos quase 13 milhões de
desempregados, a reforma trabalhista aprovada com Temer e apoiada pelo atual
governo, deixou boa parta da população sem segurança jurídica e financeira para
consumir.
Para 2020, a previsão é uma recessão de pelo menos 5% em
consequência da pandemia e de uma agenda baseada na entrega de setores
estratégicos para estrangeiros, e corte de direitos e investimentos.
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