O
secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues,
informou que o governo Jair Bolsonaro pretende congelar as aposentadorias por
dois anos e desvincular os benefícios previdenciários dos reajustes do salário
mínimo
Aposentados, Bolsonaro com Paulo Guedes e Waldery Rodrigues (Foto: Reuters | ABr | PR) |
247 - O secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia,
Waldery Rodrigues, informou que o governo Jair Bolsonaro tem plano de congelar
por dois anos e desvincular do reajuste do salário mínimo os benefícios
previdenciários, como aposentadorias e pensões. A economia gerada pelas novas
regras seria destinada ao financiamento do programa Renda Brasil, que o governo
pretende implementar em 2021.
A medida deve
gerar efeitos mais drásticos sobre a população. Os mais pobres já sofrem com a
reforma trabalhista, que retirou direitos dos trabalhadores, e com a PEC do
Teto dos Gastos, Proposta de Emenda à Constituição que congelou investimentos
públicos por 20 anos.
"A desindexação que apoiamos
diretamente é a dos benefícios previdenciários para quem ganha um salário
mínimo e acima de um salário mínimo, não havendo uma regra simples e direta [de
correção]", disse Waldery Rodrigues ao portal G1.
"O benefício
hoje sendo de R$ 1.300, no ano que vem, ao invés de ser corrigido pelo INPC,
ele seria mantido em R$ 1.300. Não haveria redução, haveria manutenção",
acrescentou.
De acordo com as regras atuais, as
aposentadorias e as pensões são reajustadas sempre que o salário mínimo é
corrigido, porém os benefícios mais altos não têm a mesma vinculação. Em 2020,
por exemplo, o salário mínimo foi corrigido em 4,7%, e os benefícios acima do
piso, em 4,48%.
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