Justificativa oficial será de que recursos ajudarão a bancar a desoneração da folha de pagamentos. Em 2015, Bolsonaro fez campanha contra o imposto que agora irá recriar
247 - Depois de produzir o maior rombo fiscal da história do
Brasil, em razão dos gastos com a pandemia, mas também por conta do baixo
crescimento desde que chegou ao poder, Jair Bolsonaro vai recriar a CPMF, o
imposto incidente em todas as transações financeiras. O acerto foi fechado
ontem com líderes do centrão.
"Líderes do
governo negociam a apresentação ainda esta semana de proposta de criação de um
tributo de transações digitais com cobrança semelhante à extinta CPMF. Uma das
propostas é aprovar o um novo tributo temporário para começar a desoneração da
folha de pagamentos (a redução nos encargos que as empresas pagam sobre os
salários dos funcionários)", aponta reportagem de Adriana Fernandes e
Camila Turtelli, no jornal Estado de S.Paulo.
"A CPMF foi um imposto que existiu
até 2007 para cobrir gastos do governo federal com projetos de saúde – a
alíquota máxima foi de 0,38% sobre cada operação. Em 2015, o governo, então sob
comando da presidente Dilma Rousseff, chegou a propor a volta do tributo, mas
isso acabou não acontecendo", lembram as jornalistas. Naquele momento, o
governo Dilma era sabotado por Eduardo Cunha e Aécio Neves, para que fossem criadas
as condições para o golpe de 2016.
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