A atleta de vôlei de praia Carol Solberg, que pediu “Fora, Bolsonaro” durante uma entrevista ao vivo e passou a ser criticada por bolsonaristas e pela própria Confederação Brasileira de Vôlei (CBV)
Portal Forum - A atleta de vôlei de praia Carol Solberg, que pediu “Fora,
Bolsonaro” durante uma entrevista ao vivo e passou a ser criticada por
bolsonaristas e pela própria Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), foi às
redes sociais na noite desta terça-feira (22) para reiterar seu posicionamento
contra o governo e dizer que tem o direito de se manifestar politicamente.
O grito contra
Jair Bolsonaro ocorreu após a atleta ganhar uma medalha de bronze na primeira
etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia ao lado de Talita, em Saquarema
(RJ). A CBV chegou a divulgar uma nota de repúdio no domingo (20), dizendo que
a confederação é contra manifestações de cunho político. Já atletas como
Fabiana, bicampeã olímpica, defendeu o direito de Carol se manifestar.
Nas redes, a atleta listou os motivos
pelos quais gritou contra Bolsonaro. “O meu grito é pelo Pantanal que arde em chamas
em sua maior queimada já registrada e continua a arder sem nenhum plano
emergencial do governo. Pela Amazônia que registra recordes de focos de
incêndios. Pela política covarde contra os povos indígenas”, iniciou.
“Por acreditar que
tantas mortes poderiam ter sido evitadas durante a atual pandemia se não
houvesse descaso de autoridades e falta de respeito à ciência. Por ver um
governo com desprezo total pela educação e cultura. Por ver cada dia mais os
negros sendo assassinados e sem as mesmas oportunidades. Por termos um
presidente que tem coragem de dizer que ‘o racismo é algo raro no Brasil'”,
continuou.
Em seguida, Carol diz que não pode “entrar
em quadra” ignorando os “absurdos e mentiras” do governo Bolsonaro. “São muito
absurdos e mentiras que nos acostumamos a ouvir, dia após dia. Não posso entrar
em quadra como se isso tudo me fosse alheio. Falei porque acredito na voz de
cada um de nós. Vivemos em uma democracia e temos o direito de nos manifestar e
de gritar nossa indignação com esse governo”, afirma.
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