quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Após sofrer retaliações, Carol Solberg diz que “vivemos em uma democracia e temos o direito de nos manifestar”

A atleta de vôlei de praia Carol Solberg, que pediu “Fora, Bolsonaro” durante uma entrevista ao vivo e passou a ser criticada por bolsonaristas e pela própria Confederação Brasileira de Vôlei (CBV)

Carol Solberg (Foto: CBV)


Portal Forum A atleta de vôlei de praia Carol Solberg, que pediu “Fora, Bolsonaro” durante uma entrevista ao vivo e passou a ser criticada por bolsonaristas e pela própria Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), foi às redes sociais na noite desta terça-feira (22) para reiterar seu posicionamento contra o governo e dizer que tem o direito de se manifestar politicamente.

O grito contra Jair Bolsonaro ocorreu após a atleta ganhar uma medalha de bronze na primeira etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia ao lado de Talita, em Saquarema (RJ). A CBV chegou a divulgar uma nota de repúdio no domingo (20), dizendo que a confederação é contra manifestações de cunho político. Já atletas como Fabiana, bicampeã olímpica, defendeu o direito de Carol se manifestar.

Nas redes, a atleta listou os motivos pelos quais gritou contra Bolsonaro. “O meu grito é pelo Pantanal que arde em chamas em sua maior queimada já registrada e continua a arder sem nenhum plano emergencial do governo. Pela Amazônia que registra recordes de focos de incêndios. Pela política covarde contra os povos indígenas”, iniciou.

“Por acreditar que tantas mortes poderiam ter sido evitadas durante a atual pandemia se não houvesse descaso de autoridades e falta de respeito à ciência. Por ver um governo com desprezo total pela educação e cultura. Por ver cada dia mais os negros sendo assassinados e sem as mesmas oportunidades. Por termos um presidente que tem coragem de dizer que ‘o racismo é algo raro no Brasil'”, continuou.

Em seguida, Carol diz que não pode “entrar em quadra” ignorando os “absurdos e mentiras” do governo Bolsonaro. “São muito absurdos e mentiras que nos acostumamos a ouvir, dia após dia. Não posso entrar em quadra como se isso tudo me fosse alheio. Falei porque acredito na voz de cada um de nós. Vivemos em uma democracia e temos o direito de nos manifestar e de gritar nossa indignação com esse governo”, afirma.

 

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