Em
conversa gravada em 2017, Wassef diz que presidenciável deu aval à indicação de
advogado a quem ele pagou R$ 276 mil, aponta reportagem de Rafael Moro Martins,
no Intercept. Wassef também classificou ministros do STF como “bandidos”
Jair Bolsonaro e Frederick Wassef (Foto: Reuters | Reprodução) |
247 - Uma reportagem do Intercept, publicada pelo jornalista Rafael Moro
Martins, demonstra que Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento de que algumas
de suas despesas pessoais eram pagas também pelo “anjo” Frederick Wassef. “Uma
gravação entregue ao Intercept reforça elos antigos entre o advogado Frederick
Wassef e Jair Bolsonaro que o entorno presidencial tem feito força para negar.
No áudio, o dono da casa em Atibaia onde foi preso o tesoureiro dos Bolsonaro,
Fabrício Queiroz, diz ter autorização de Jair para passar a defesa do então
presidenciável em duas ações no Supremo Tribunal Federal para as mãos de
Arnaldo Faivro Busato Filho”, aponta a reportagem.
Busato é o
advogado que, como mostrou o jornal O Globo esta semana, recebeu de Wassef
pagamentos que somam R$ 276 mil. Ele admite o pagamento, mas nega que tenha
sido por defender Bolsonaro.
A conversa foi gravada em junho de 2017.
Nela, Wassef fala a interlocutor que havia sido ´autorizado pelo próprio
Bolsonaro a botar um dos feras respeitados da advocacia´ nos casos que tiravam
o sono do presidenciável. Tratavam-se de duas ações abertas contra o ex-militar
de extrema direita pela deputada Maria do Rosário, do PT gaúcho, no STF. Ela
foi à justiça após Bolsonaro afirmar, na Câmara, que ela ´não merecia ser
estuprada´ por ser, segundo ele, muito feia. Uma condenação criminal no Supremo
poderia abrir margem a pedidos de impugnação da candidatura de Bolsonaro em
2018. Wassef também chama ministros do Supremo de ´bandidos´.
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