quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Sumiço de documentos trava investigação sobre Aécio


O andamento da investigação que apura superfaturamento na construção da Cidade Administrativa, sede do governo mineiro, está prejudicado pelo sumiço de arquivos de mídia anexados a uma delação premiada
Aécio Neves
Aécio Neves (Foto: Lula Marques/Agência PT)

247 - A Polícia Federal, o Ministério Público de Minas Gerais e a Justiça do estado dizem que um documento que foi juntado ao processo em que Aécio Neves é investigado não constam no inquérito.
Os documentos em questão são referentes à delação de Marcelo Dias, da Santa Bárbara Engenharia, empreiteira que participou da obra de construção da Cidade Administrativa, sede do governo mineiro, informa reportagem de José Marques na Folha de S.Paulo.
O sumiço desses documentos na vara de inquéritos de Belo Horizonte, onde tramita a apuração, foi um dos motivos para a defesa de Aécio Neves, liderada pelo advogado Alberto Zacharias Toron, acionar o STF (Supremo Tribunal Federal) para ter acesso a toda a documentação referente às investigações.
Toron também diz que estão faltando documentos relativos à delação de José Ricardo Breghirolli, apontado como chefe do departamento de propina da OAS.
Em maio, Aécio foi indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de corrupção passiva e ativa, desvio de recursos públicos e falsidade ideológica. O Ministério Público, no entanto, ainda não apresentou uma eventual denúncia sobre o caso.
Os advogados não conseguiram localizar os documentos citados em delações premiadas e pediram ao Supremo a suspensão do depoimento, que aconteceria em 12 de agosto.


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