Em artigo
para a Folha de S.Paulo neste sábado, o ex-ministro da Educação e candidato a
presidente das forças progressistas em 2018, afirma que a Operação Lava Jato
teve duas vertentes: a de Sergio Moro, para destruir o PT, e a de Rodrigo
Janot, contra o sistema político-partidário
Fernando Haddad (Foto: Reprodução) |
247 - "Em duas décadas de disputa por diferentes
projetos de futuro, tanto PT, pela centro-esquerda, como PSDB, pela
centro-direita, tiveram que se aliar ao passado", escreve Fernando Haddad.
"Representantes
da modernidade, trabalhismo, de um lado, e liberalismo, de outro, se
alternariam no poder, enquanto negociavam sustentação com o parasitismo
partidário, tido como remanescente do atraso que se superaria aos poucos".
"Nos últimos anos, o passado se impôs
e converteu o atraso em nova vanguarda".
"A história recente não deixa de ser
também a história dessa viravolta em que o centrão se transformou no núcleo
duro do governo e, a julgar pelos últimos movimentos, pode liderar setores que,
no passado recente, governaram o país".
[...] "A Lava Jato sempre contou com
duas vertentes: a de Sergio Moro, que tinha a finalidade de destruir uma força
política, o PT, e poupava de melindres as demais (revejam as fotos de Moro com
Aécio e Temer); e a de Rodrigo Janot, o artífice do Joesley Day, que queria
implodir todo o sistema político-partidário".
"Ambas as estratégias favoreceram a
ascensão do bolsonarismo, mas só a primeira interessa agora a Bolsonaro, desde
que ela esteja sob seu controle, ou seja, centralizada numa PGR submissa que ofereça
imunidade seletiva a uma base ampliada dela demandante".
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