Senador
Flávio Bolsonaro disse ao MP-RJ não se lembrar de ter pago R$ 310 mil em
dinheiro vivo na compra de dois apartamentos no Rio. Promotores identificaram
que o vendedor dos imóveis realizou um depósito de R$ 638 mil em espécie no
mesmo dia que transação foi efetuada
Senador Flávio Bolsonaro em Brasília (Foto: REUTERS/Adriano Machado) |
247 - O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse ao
Ministério Público do Rio de Janeiro que não se lembra de ter pago R$ 310 mil
em dinheiro vivo a compra de dois apartamentos em Copacabana, em 2012, no Rio
de Janeiro. Os promotores, porém, identificaram que vendedor dos imóveis
realizou um depósito de R$ 638 mil em espécie em um banco localizado próximo ao
cartório onde foi lavrada a escritura e apenas 50 metros da Assembleia Legislativa
do Rio de Janeiro (Alerj).
Segundo reportagem
do jornal O Globo,
ao ser questionado pelo promotores do MP-RJ, no âmbito do inquérito que apura a
existência de um esquema de “rachadinha” no gabinete do parlamentar na época em
que ele ocupava uma cadeira na Alerj, Flávio respondeu: "que eu me
recorde, não”. “Se eu não me engano, foi por transferência bancária esse sinal.
Cheques. E, no dia, eu paguei as duas salas junto com a minha esposa no próprio
cartório”, completou.
O parlamentar também disse desconhecer o
depósito em espécie feito pelo vendedor Glenn Dillard. “Se o cara tinha esse
perfil, certamente não devia estar fazendo só isso, né?”, afirmou. Ainda de
acordo com o Globo, Dillard não teria feito mais nenhuma outra transação
imobiliária naquele semestre. Os imóveis foram revendidos por Flávio Bolsonaro
um ano depois por R$ 813 mil.
Neste final de
semana, uma outra reportagem apontou que o parlamentar admitiu ter
pago R$ 86,7 mil em espécie na compra de 12 salas comerciais em 2008. Ele disse
ter pego dinheiro emprestado com Jair Bolsonaro e com um irmão, que não foi
identificado.
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