Depois de
ter sido criticado publicamente por Jair Bolsonaro e de ver seu projeto de
acabar o abono salarial detonado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, elabora
novo plano para o programa Renda Brasil, propondo escalonar valor a partir de
R$ 220
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto: Marcos Corrêa/PR) |
247 - O ministro da Economia, Paulo Guedes, que se aferra ao cargo
apesar da fritura por parte de Jair Bolsonaro, que nesta quarta-feira
desqualificou seu plano de acabar o abono salarial, disse que está
elaborando nova proposta para o programa Renda Brasil.
O modelo que está
em preparação pela equipe do Ministério da Economia, prevê um novo benefício
começaria a ser pago no ano que vem, podendo variar entre R$ 220 e R$ 230. O
valor é inferior ao de R$ 300 anunciado por Bolsonaro.
O governo está dividido sobre os programas
que seriam extintos para custear o Renda Brasil, o que dependerá de projetos
futuros a serem aprovados em conjunto com o Congresso Nacional, informa
reportagem dos jornalistas Bernardo Caram, Daniel Carvalho e Fábio Pupo na Folha de S.Paulo.
A crítica pública de Bolsonaro a Guedes
foi vista no Planalto como uma tentativa de transferir ao ministro o desgaste
de uma inevitável redução do auxílio aos mais pobres.
Insatisfeito, Guedes disse nos bastidores
que Bolsonaro quer construir uma imagem de "bonzinho", atribuindo a
ele o papel de "vilão", pelas maldades que a política de arrocho
fiscal impõe
A quarta-feira foi cheia de especulações
sobre a saída de Guedes do ministério, que ainda não se consumou. O Ministério
da Economia publicou um comunicado para desmentir a demissão do ministro. O
vice-presidente, general Hamilton Mourão, que se referiu à "resiliência
necessária" de Guedes. Segundo Mourão, o titular da Economia "está
firme".
Especula-se o nome do presidente do Banco Central, Roberto Campos
Neto como eventual substituto de Guedes.
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