O PT pediu ao TSE a inclusão das novas provas colhidas pelo Facebook do
funcionamento do ‘Gabinete de Ódio’ que atua na propagação de fake news para
favorecer Jair Bolsonaro. Segundo a defesa da sigla, o esquema fere "o
Estado de Direito, a democracia, o sufrágio universal, a isonomia e todos os
princípios constitucionais" que regem a lisura do pleito eleitoral
PT vai ao TSE contra esquema de fake news (Foto: Arte Agência PT) |
247 - O PT pediu
ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que inclua as novas provas colhidas pelo
Facebook do funcionamento do ‘Gabinete de Ódio’ que atua na disseminação de
ataques aos adversários do presidente Jair Bolsonaro. A legenda também pedirá a
abertura de investigação ao Ministério Público Federal para que apure a atuação
de assessores de parlamentares aliados dele, a atuação irregular de Tércio
Tomaz, seu assessor especial, e de dois filhos - o deputado federal Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
partido
destacou a reportagem do
Fantástico, do último (2), quando foram reveladas evidências de
abuso do poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação pela chapa
dele com o seu vice, Hamilton Mourão. A matéria mostrou que, por trás dos
perfis de bolsonaristas, estavam assessores de Bolsonaro e dos dois filhos,
todos pagos com dinheiro público.
De acordo com os advogados
do PT Eugênio Aragão e Ângelo Ferraro, "a reportagem do ‘Fantástico’
revela que, apesar de destacar que tal organização ganhou maior volume após as
eleições de 2018, também ressalta que tal rede articulada já agia durante a
campanha eleitoral".
Os defensores atuaram na
defesa de Fernando Haddad nas últimas eleições presidenciais, e são autores das
duas ações de investigação judicial eleitoral que pedem a cassação da chapa
Bolsonaro-Mourão.
O programa trouxe novos
detalhes da apuração do Facebook que derrubou perfis bolsonaristas em junho.
Segundo a denúncia, a investigação do Facebook chegou a uma estrutura de contas
falsas e que compartilhavam conteúdo falso, "operada por um pequeno grupo
de assessores que mantêm relação direta com o poder, com a eleição".
No dia 8 de julho, a rede
social tirou do ar 88 contas e páginas com operações ligadas a funcionários de
Jair e aos seus dois filhos. Também foram removidas 38 contas do Instagram
envolvidas com irregularidades. Na somatória, o esquema
alcançava uma audiência de 2 milhões de pessoas, segundo a empresa
Digital Forensic Research Lab (DRFLab), especializada no combate à
desinformação.
O
Facebook também atacou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre de Moraes de ordenar o
bloqueio de perfis bolsonaristas fora do país na sexta-feira
(31).
De acordo com os advogados,
"estamos diante de fatos que desrespeitam o Estado de Direito, a
democracia, o sufrágio universal, a isonomia e todos os princípios
constitucionais e legais que visam regular a lisura do pleito
eleitoral".
Em maio, a Polícia Federal
também identificou Carlos Bolsonaro como um dos articuladores
de um esquema criminoso de fake news.
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