Assessores
de Aras afirmam que, assim que tiverem acesso à decisão de Fachin, vão
apresentar um novo pedido para garantir o compartilhamento de dados da Lava
Jato de Curitiba
Augusto Aras, Deltan Dallagnol e Polícia Federal (Foto: Antonio Augusto/PGR | Reuters | ABr) |
247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai recorrer da
decisão do ministro Edson Fachin e vai insistir no compartilhamento de dados do
órgão com a força-tarefa da operação Lava Jato em Brasília. Segundo assessores
de Augusto Aras, a PGR deve recorrer da decisão ainda nesta segunda-feira (3).
Fachin, que é
relator da Lava Jato no STF, revogou uma
liminar concedida durante o recesso do Judiciário pelo
presidente Dias Toffoli, que determinava o compartilhamento de dados da
operação em Curitiba, Rio e São Paulo com a PGR.
De acordo com reportagem do jornalista
Valdo Cruz, do G1, assessores de Aras afirmam que, assim que tiverem acesso à
decisão de Fachin, vão decidir se apresentam um novo recurso ou se apenas
"reformam" o pedido inicial, que já tinha recebido decisão favorável
de Toffoli.
Segundo os procuradores ouvidos por Valdo
Cruz, no caso dos dados de Curitiba já existem três decisões anteriores da
Justiça determinando que as informações fossem compartilhadas.
"Em relação a São Paulo e Rio, não há
definições anteriores. Mas, no caso da força-tarefa em Curitiba, já foram
tomadas decisões judiciais favoráveis ao compartilhamento. Por isso, entendemos
que essa será uma questão a ser apenas esclarecida", disse um assessor de
Augusto Aras, lembrando que uma das decisões foi tomada pelo então juiz Sergio
Moro.
A decisão de Fachin tem efeitos
retroativos, ou seja, vale para os dados que já foram copiados por técnicos da
PGR enviados a Curitiba e Rio de Janeiro. “Pelo exposto, nos termos do art. 21,
§ 1°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento à
Reclamação e, com integral efeito ex tunc, revogo a liminar deferida às fls.
139-151”.
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