Em seu
voto sobre a liberação da delação de Antônio Palocci a seis dias das eleições,
Edson Fachin foi mais lavajatista do que a própria Lava Jato
Ministro Edson Fachin durante a sessão da 2ª Turma. (18/02/2020) (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF) |
247 – Em reportagem especial publicada no Intercept, o jornalista Rafael Moro
Martins demonstra que o ministro Edson Fachin foi mais lavajatista do que a
própria Lava Jato, ao defender a legalidade da delação de Antônio Palocci, num
voto em que foi derrotado por Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski,
"O episódio
está registrado nos arquivos da segunda turma do STF, que deliberava sobre a
retirada da delação do ex-ministro Antonio Palocci de um processo da Lava Jato
contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fachin votou a favor da Lava
Jato e contra a exclusão. E foi voto vencido: os ministros optaram por limar a
delação de Palocci da acusação contra Lula por 2 votos a 1. Fachin registrou em
seu voto que não seria possível provar que houve atuação irregular de Moro ao
anexar a delação faltando seis dias para o primeiro turno de 2018. A delação
abasteceu capas de jornais, revistas e portais de notícias e movimentou as
redes de WhatsApp da extrema direita às vésperas da eleição", aponta a
reportagem.
"Quem discorda de Fachin é o próprio
Deltan Dallagnol. Ele se debruçou sobre o caso com o procurador Roberson
Pozzobon, colega de Lava Jato, e a conclusão de ambos foi de que Moro
ultrapassou, sim, os limites", prossegue o jornalista.
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