A família
da criança de 10 anos, estuprada pelo tio, aceitou participar do Programa de
Apoio e Proteção às Testemunhas, com objetivo de garantir a integridade física
da menina
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| Bancada evangélica tenta impedir aborto em criança de 10 anos (Foto: Reprodução) |
247 - A criança de 10 anos de idade, que desde o seis anos foi
estuprada pelo tio e teve que interromper gestação no último domingo (16), irá
ganhar nova identidade e moradia.
A família aceitou
nesta quinta-feira (21) participar do Programa de Apoio e Proteção às
Testemunhas, Vítimas e Familiares de Vítimas da Violência (Provita), que visa a
contribuir com o enfrentamento de graves violações de direitos humanos, como informou o
jornal Estado de S.Paulo.
Decisão ocorre após toda a exposição a
qual família foi exposta. A extremista conhecida como Sara Winter chegou a
divulgar dados da criança nas redes sociais. A criança também foi alvo de
ataques de haters.
Em nota, a Secretaria de Estado de
Direitos Humanos (SEDH) do Espírito Santo afirma que o Provita é aplicado para,
dentre outras coisas, promover a segurança e o bem-estar da pessoa protegida;
garantir a integridade física e psicológica da vítima e de seus
familiares.
Relembre o
caso
Após reclamar de dores na barriga, uma
criança de 10 anos deu entrada em um hospital em São Mateus (ES) e a equipe
médica detectou que a menina estava grávida de 5 meses. Desde então, o fato
criou repercussão nacional e vários erros ocorreram no processo.
A família da
criança teve que aguardar aval judicial para a criança interromper a gestação,
tendo em vista que o aborto, em casos de risco à gestante, é legalizado no
Brasil.
Na sequência, a criança seguiu para Recife
(PE) e o processo de interrupção da gravidez ocorreu no último domingo (16).
Grupos extremistas foram para a porta do local tentar impedir a ação e atacar o
médico que realizou o procedimento. Na sequência, grupos em defesa dos direitos
humanos seguiram para o hospital para garantir os direitos da criança
O tio, acusado de estuprar uma menina de
10 anos em São Mateus (ES), foi preso na terça-feira (18) em Betim (MG) e
confessou "informalmente" o crime. Ele segue detido.
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