A G5
Partners, de Marcelo Serfaty, foi contratada por R$ 9,5 milhões, o que aponta
claro conflito de interesses
BNDES credencia 22 bancos para programa emergencial de acesso a crédito (Foto: REUTERS/Sergio Moraes) |
247 – O BNDES, que
recentemente vendeu participação acionária numa
empresa de energia por valor menor do que o oferecido por outro participante da
disputa, é alvo de uma nova denúncia. O banco anunciou, entre dezembro de 2019
e fevereiro deste ano, três contratos de consultoria com o consórcio do qual
faz parte a G5 Partners Consultoria e Participações, no valor total de R$ 9,7
milhões, para fazer a modelagem de privatizações ou venda de participação em
estatais que o governo Jair Bolsonaro planeja realizar. O problema é o que o
vencedor dos pregões eletrônicos tinha, até 31 de outubro de 2019, como um dos
seus sócios, Marcelo Serfaty, presidente do Conselho de Administração do BNDES,
segundo informa o jornalista Patrick Camporez, no jornal Estado de S. Paulo.
"O empresário continua vinculado com a G5 Partners. Eles
são sócios na G5 Gestora de Recursos, da qual Serfaty detém 49,5% do negócio e
segue como membro de comitê de investimentos. A G5 Partners tem 49% do
negócio. O administrador é Renato Klarnet, representante legal da G5 Partners,
na qualidade de sócio", aponta a reportagem. O jornalista informa que a
área de integridade, controladoria e gestão de riscos do banco alertou sobre
potencial conflito de interesses e pediu que o vínculo de Serfaty com a G5
fosse analisado pelo Comitê de Ética da instituição, o que não ocorreu. O banco
enviou o caso para análise da Controladoria Geral da União (CGU), que ainda não
se posicionou.
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