O
relatório da Polícia Federal que desmascarou a farsa da delação do
ex-ministro Antonio Palocci será usado para reforçar ação de Lula contra o
delegado Felipe Pace que montou a delação divulgada ilegalmente por Moro e que
teve papel decisivo no pleito de 2018
Lula e Palocci (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução) |
247 - A defesa de Lula usará o relatório da Polícia Federal que
desmascarou farsa da delação do ex-ministro Antonio Palocci para reforçar o
processo de danos morais que o ex-presidente move contra o delegado Felipe
Pace. Foi Pace quem capitaneou em Curitiba o acordo delação do ex-ministro
assinado em 2018. A Polícia Federal concluiu que as acusações feitas por
Antonio Palocci e vazada pelo então juiz Sergio Moro às vésperas das eleições
de 2018, sobre um suposto caixa milionário de propinas para Lula administrado
pelo banqueiro André Esteves, do BTG, não têm provas e foram todas desmentidas
pela investigação (leia aqui)
O delegado Marcelo
Daher encerrou o inquérito afirmando que as informações dadas por Palocci em
sua delação "parecem todas terem sido encontradas em pesquisas de
internet", sem "acréscimo de elementos de corroboração, a não ser
notícias de jornais".
“O resultado dessa investigação da PF
sobre a delação do Palocci é mais uma prova de que a defesa técnica que fizemos
do ex-presidente estava na direção correta e que ele foi vítima de lawfare
(perseguição judicial), inclusive, com impacto relevante nas eleições
presidenciais de 2018”, disse o advogado de Lula, Cristiano Zanin à jornalista Bela Megale.
Em 2016, os advogados de Lula entraram com
um processo contra o delegado Felipe Pace, por danos morais, no valor de R$ 100
mil. A defesa questiona a atuação do delegado na investigação que mirou Palocci
e Lula e que resultou no acordo de delação do ex-ministro.
O processo foi julgado improcedente pela
5ª. Vara Cível de São Bernardo do Campo, em 2018, e aguarda o julgamento da
apelação pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
A defesa também estuda uma maneira de usar
o relatório do BTG no pedido de suspeição do ex-juiz Sergio Moro, quanto ao
processo do sítio de Atibaia (SP). A delação do Palocci é um dos fundamentos
que embasam a ação que de Lula no Supremo Tribunal Federal sobre o assunto.
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