"Se
a conduta de Moro for chancelada, o golpe que Bolsonaro e seus generais
planejam no Supremo Tribunal Federal já terá sido em parte consumado", diz
o presidenciável Fernando Haddad
Fernando Haddad e Sérgio Moro (Foto: Gustavo Bezerra | Senado) |
247 – O presidenciável Fernando Haddad, do Partido dos
Trabalhadores, elencou, em artigo publicado neste sábado, as provas da parcialidade e da
suspeição do ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro. "Moro não brincou em
serviço. Pavimentou sua carreira num conjunto de arbitrariedades que, se não
forem corrigidas, talvez nunca mais se possa declarar um juiz parcial,
comprometendo todo o sistema de justiça", diz ele.
"Moro
autorizou escuta telefônica do advogado do acusado; Moro vazou grampos ilegais;
Moro sugeriu a substituição de uma promotora por baixo desempenho; Moro
encaminhou testemunhas; Moro anexou delação recusada pelo próprio MP, finda a
instrução, e, três meses depois, levantou seu sigilo a seis dias do primeiro
turno; Moro demonstrou desinteresse pela delação de uns e pela investigação de
outros para não comprometer o apoio político-midiático às suas ações; Moro
renunciou à magistratura pelo cargo de ministro da Justiça daquele que ajudou a
eleger, para, em seguida, dizendo-se surpreso com a conduta antiética do chefe,
demitir-se em busca de voos mais altos", lista Haddad.
No artigo, ele também faz um alerta aos
ministros do Supremo Tribunal Federal. "Está nas mãos do colegiado o
futuro do sistema de justiça e da própria democracia. Se a conduta de Moro for
chancelada, o golpe que Bolsonaro e seus generais planejam no Supremo Tribunal
Federal já terá sido em parte consumado."
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