Programa,
que será rebatizado como Renda Brasil, custaria o dobro do atual Bolsa Família
e visa criar condições para a reeleição de Jair Bolsonaro após o fim do auxílio
emergencial
O ministro da Economia, Paulo Guedes (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil) |
247 - O ministro da Economia, Paulo Guedes, trabalha para que o
chamado Renda Brasil, programa que o governo prepara para substituir o Bolsa
Família, comece a vigorar em janeiro de 2020, atendendo a um pedido do
presidente Jair Bolsonaro.
Guedes deverá enviar
a proposta ao Congresso nas próximas semanas. O programa deve atender de 20 a
21 milhões de famílias no país, de acordo com fontes que participam das
discussões do Renda Brasil. O novo modelo prevê o pagamento do benefício às 14
milhões de famílias cadastradas no Bolsa Família, mais 6 ou 7 milhões de
famílias que recebem o auxílio emergencial. Hoje, o auxílio de R$ 600 atende a
cerca de 60 milhões de pessoas, informa reportagem do Globo.
O programa vai pagar em torno de R$ 300 às
famílias assistidas. Estima-se que os gastos do governo nesse campo vão ser de
R$ 60 bilhões. Ainda não há dinheiro para isso, considerando o teto de gastos.
Por isso, Guedes vai atrelar as discussões sobre o teto de gastos com o Renda
Brasil. O tema foi discutido na reunião desta segunda-feira entre Bolsonaro e
integrantes da equipe econômica.
Segundo a reportagem, a criação do Renda Brasil deve seguir para
o Congresso como uma proposta de emenda à Constituição (PEC), já que vai
alterar benefícios hoje previstos na Constituição, como o Abono Salarial,
concedido a quem recebe até dois salários mínimos. Esse programa custa R$ 20
bilhões e é considerado pelo governo como pouco focalizado.
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