Ministro
da Economia afirmou que brigará com ministros que quiserem ultrapassar o teto
de gastos públicos. Guedes insiste no dogma do teto de gastos num momento em
que somente o gasto e o investimento públicos podem impedir a falência da
economia e a deterioração das condições de vida da população
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil) |
247 - O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta terça-feira
(11) que se Jair Bolsonaro ouvir “conselheiros” que defendem furar o teto de
gastos pode parar na “zona sombria” do impeachment.
As declarações
foram dadas em entrevista na sequência de uma reunião com o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), outro fervoroso defensor do teto de gastos, e
com o líder do PP, deputado Arthur Lira (AL).
Guedes se mostrou preocupado com a defesa
que segundo ele alguns membros do governo fazem do ultrapassagem do teto de
gastos para acomodar um aumento dos investimentos públicos, entre eles no
programa Renda Brasil, informam as jornalistas Isabella Macedo e Danielle Brant na
Folha de S.Paulo.
Guedes descartou apoio do Ministério da
Economia a tentativas de furar o teto de gastos, regra que limita as despesas
públicas à variação da inflação. Disse que vai "brigar" brigar com
ministros "fura-teto". Segundo a reportagem, nos bastidores, o
ministro da Economia tem entrado em atrito com o titular do Desenvolvimento
Regional, Rogério Marinho, que defende aumento dos gastos públicos.
Guedes lembrou que, no vídeo vazado da
reunião ministerial de abril, um ministro havia defendido que o presidente
teria mais chance de ser reeleito se furasse o teto. Guedes prevê o caos se o
governo optar por furar o teto. Para ao ministro da Economia, furar o teto de
gastos levará Bolsonaro a uma "zona de incerteza", uma "zona
sombria", uma "zona de impeachment".
Por seu turno, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo
Maia também descartou furar o teto de gastos ao afirmar que "de forma
nenhuma" ele vai pautar nenhuma prorrogação do estado de calamidade.
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