"Os
procuradores não tem pressa, só perguntas e até hoje os Bolsonaro não
contribuíram para o esclarecimento do que seriam seus rolos com Queiroz”, diz o
jornalista Elio Gaspari
247 - O jornalista Elio Gaspari observa, em
sua coluna desta quarta-feira (26), que de nada adianta Jair Bolsonaro
responder com truculência, como fez ao ameaçar um repórter, ao ser questionado
sobre os depósitos de R$ 89 mil feitos pelo ex-assessor Fabrício Queiroz na
conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. “A ideia de “meter a porrada” em
quem a faz é inútil, porque ela virá muitas vezes do Ministério Público. Os
procuradores não tem pressa, só perguntas e até hoje os Bolsonaro não
contribuíram para o esclarecimento do que seriam seus rolos com Queiroz”, diz
Gaspari.
“Queiroz nunca deu
uma explicação convincente para seus rolos. Sumiu e apareceu na casa de Atibaia
do advogado Frederick Wassef”, ressalta. “O doutor defendia os interesses de
Flávio Bolsonaro. “Todas as conexões de Queiroz tinham o aspecto comum às
malfeitorias da pequena política do Rio de Janeiro, até que os repórteres Luiz
Vassalo, Rodrigo Rangel e Fabio Leite revelaram que o doutor Wassef recebeu R$
9 milhões para defender os interesses da JBS junto à Procuradoria-Geral da
República e aos tribunais de Brasília”, diz ele mais à frente.
“Em outubro passado, meses antes da manhã
em que Fabrício Queiroz foi preso em sua casa, Wassef estava a serviço da
empresa. Atravessaram a rua para entrar no caso Queiroz”, completa.
“Passaram-se dois anos, nenhuma pergunta foi respondida e,
puxando-se o fio do ex-PM faz-tudo dos Bolsonaro, bateu-se em Wassef, que teve
como cliente a JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo”, finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário