Assim
como já fez o jornal O Globo, Folha também dá segurança para que o Supremo
Tribunal Federal vote a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, em editorial
publicado nesta sexta-feira
Sergio Moro (Foto: Reprodução/Twitter) |
247 – O ex-juiz Sérgio Moro, que sofreu dura derrota no
Supremo Tribunal Federal nesta semana, quando os ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski denunciaram sua atuação parcial e política contra o Partido
dos Trabalhadores, foi hoje criticado por editorial da Folha de S. Paulo,
depois de movimento
semelhante de Merval Pereira, colunista do
Globo.
"Pouco menos
de um mês antes de aceitar o convite para fazer parte do governo Jair
Bolsonaro, o então juiz federal Sérgio Moro decidiu incluir a delação premiada
do ex-ministro Antonio Palocci nos autos do processo que apura se a empresa
Odebrecht doou, em troca de favores, um terreno para a construção do Instituto
Lula. A medida, acompanhada do fim do sigilo sobre o caso, ocorreu a seis dias
do primeiro turno do pleito presidencial de 2018, no qual Bolsonaro tinha como
principal adversário o candidato do PT, Fernando Haddad —que evocava o apoio e
a memória de Luiz Inácio Lula da Silva como trunfos de campanha", lembra o
editorial.
"Como já se disse nesse espaço, a
sofreguidão com que Moro se prontificou a participar do governo Bolsonaro
abalou sua credibilidade —e, por extensão, a da Lava Jato. Indicou-se que
ambições políticas se misturavam ao ímpeto, não raro messiânico, da
força-tarefa de combate à corrupção", prossegue o editorialista, que
também lembra que a Lava Jato "cometeu excessos, impropriedades e desvios
que cobram seu preço e não podem ser ignorados sob pena de estimular uma índole
justiceira que ofende os princípios basilares da Justiça num Estado de
Direito."
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