"Se
já existe essa decisão condenatória preestabelecida e pré-anunciada isso é
sinal efetivamente de que não se pode esperar, ao menos da chamada Lava Jato de
Curitiba, qualquer tipo de Justiça para o paciente", rebateu Cristiano
Zanin, advogado do ex-presidente Lula
(Foto: Reprodução | Reuters) |
Dayane Santos, do 247 - Na sessão da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na terça-feira (4) - que por 2
votos a 1, decidiu que Lula poderá acessar todos os dados dos sistemas Drousys e MyWebDay que interessem à defesa, e também retirou a delação do
ex-ministro da Fazenda de ação contra Lula - chamou a atenção uma fala da
subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques que em uma ato falho
em sua sustentação oral evidenciou a conduta parcial da Lava Jato com relação
ao ex-presidente Lula.
A subprocuradora
tentou desqualificar o recurso apresentado pela defesa de Lula para ter acesso
às provas, representada na sessão pelo advogado Cristiano Zanin. Segundo ela, o
recurso era uma medida protelatória para adiar "a sentença
condenatória", se referindo ao processo sobre o suposto recebimento de um
imóvel da Odebrecht para a sede do Instituto Lula, que ainda não teve sentença
proferida.
“Há uma estratégia de defesa que está
sendo desenvolvida pelo advogado. Ele não quer, na verdade, a prolação da
sentença condenatória", disse Claudia Sampaio, acrescentando que "o
advogado está lutando bravamente para impedir a sentença".
Zanin rebateu: "O que se busca aqui é o devido processo
legal. Sem o devido processo legal teremos sempre o arbítrio. Se vossa
excelência acha que a posição da defesa é no sentido de impedir uma decisão
'condenatória', isso é tão grave quanto a afirmação anterior. Porque se já
existe essa decisão condenatória preestabelecida e pré-anunciada isso é sinal
efetivamente de que não se pode esperar, ao menos da chamada Lava Jato de
Curitiba, qualquer tipo de Justiça para o paciente"
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