Os
depósitos em dinheiro feitas nas contas do senador Flávio Bolsonaro terminaram
no dia 9 de agosto de 2018, uma semana antes do início da campanha eleitoral. O
último depósito foi no valor de R$ 2 mil. O parlamentar é investigado por
envolvimento em um esquema conhecido como "rachadinha" e em lavagem
de dinheiro
Flávio Bolsonaro (Foto: Beto Barata - Agência Senado) |
247 - Os depósitos em dinheiro feitas nas contas do senador
Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) terminaram no dia 9 de agosto de 2018, uma
semana antes do início da campanha eleitoral - ele cumpria mandato de deputado
estadual. Nesse dia aconteceu o último depósito, no valor de R$ 2 mil, nas
contas do congressista. De acordo com o empresário Paulo Marinho, dois meses
depois, o então senador eleito recebeu informações sobre uma operação que
atingiria o então assessor do parlamentar, Fabrício Queiroz, demitido no dia 15
de outubro. A informação é da Revista Crusoé.
O filho de Jair Bolsonaro alegava que os
depósitos feitos em dinheiro vivo em suas contas viriam da loja de chocolates
finos da qual é sócio.
O
senador é investigado pelo Judiciário do Rio por envolvimento em um esquema de
"rachadinha", quando servidor ou prestador de serviços repassa parte
do salário para político ou assessor. O repasse também pode ser feito por meio
de funcionários fantasmas.
Queiroz foi preso no
dia 18 de junho em Atibaia (SP), onde estava escondido em um imóvel
que pertence a Frederick Wassef, então advogado de Flávio - depois ele deixou a
defesa do parlamentar.
De
acordo com relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf),
Queiroz fez movimentações financeiras atípicas. Foram R$ 7 milhões de 2014 a
2017, apontaram cálculos do órgão.
O
procurador da República Sérgio Pinel afirmou ter encontrado “fortes
indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro” envolvendo
Flávio. O Ministério Público do Rio (MP-RJ) investiga o possível esquema de
rachadinha no antigo gabinete de Flávio na Alerj desde 2018 e já disse ter
encontrado indícios de que o senador lavou R$ 2,27 milhões com compra de
imóveis e em sua loja de chocolates.
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