Em guerra
contra a emissora dos Marinho, Jair Bolsonaro calculou pagamentos de US$ 300
mil por mês durante trinta anos e chegou a este número
(Foto: Reprodução | PR) |
247 – Enquanto o noticiário da Globo aponta os esquemas de
corrupção de Jair Bolsonaro com a chamada "rachadinha" na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro e no Congresso Nacional, com o desvio de recursos
públicos que deveriam ser destinados a servidores públicos para pagamento de
despesas pessoais do clã, o presidente tenta reagir na mesma moeda, acusando a
Globo de ter recebido recursos lícitos do doleiro Dario Messer. Confira,
abaixo, post de Bolsonaro e reportagem sobre a delação de Messer:
No acordo de delação
premiada homologado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, Dario Messer,
conhecido como o "doleiros dos doleiros" contou ao Ministério Público
Federal do Rio que fez entregas regulares de dólares em espécie para a família
Marinho, dona da Rede Globo.
De acordo com reportagem da revista Veja,
publicada nesta sexta-feira (14), Messer disse aos procuradores que a entrega
dos pacotes de dinheiro acontecia dentro da sede da Rede Globo, no Jardim
Botânico. "Messer diz que um funcionário de sua equipe entregava de duas a
três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50 000 e 300 000 dólares",
diz a revista.
Ao MPF-RJ, o doleiro não apresentou provas
das acusações. Ele disse que as operações com a família Marinho se iniciaram
nos 1990 e eram feitos por intermédio de Celso Barizon, supostamente gerente da
conta da família no banco Safra de Nova York.
Pelo acordo de delação premiada, Dario
Messer se comprometeu a devolver aos cofres públicos cerca de R$ 1 bilhão. Ele
ficará ainda com R$ 3 milhões e um apartamento no Leblon, no Rio de
Janeiro.
De acordo com o
delator, a pessoa que recebia o dinheiro na Globo era um funcionário
identificado por ele como José Aleixo. "O doleiro sustenta em depoimento
que os destinatários do dinheiro seriam os irmãos Roberto Irineu (Presidente do
Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho
(vice-presidente do Grupo Globo)", diz a Veja.
Em nota à revista, a Rede Globo negou que
Roberto Irineu e João Roberto Marinho nunca tiveram contas não declaradas às autoridades
brasileiras no exterior e nunca realizaram operações de câmbio não declaradas
às autoridades.
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