quarta-feira, 29 de julho de 2020

Salles passou a boiada na área ambiental durante a pandemia


O governo Bolsonaro está realizando a proposta que o ministro da Agricultura, Ricardo Salles, fez na reunião ministerial de 22 de abril, de "passar a boiada" durante a pandemia com atos que prejudicam o meio ambiente
Queimadas atingem área da Amazônia em Porto Velho; Jair Bolsonaro e Ricardo Salles
Queimadas atingem área da Amazônia em Porto Velho; Jair Bolsonaro e Ricardo Salles (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | Marcos Corrêa/PR)

247 - O governo de Jair Bolsonaro acelerou a edição de medidas prejudiciais ao meio ambiente durante a pandemia. Atos do Poder Executivo entre março e maio indicam que a boiada defendida por Salles está passando. 
Levantamento publicado na edição desta quarta-feira (29) da Folha de S.Paulo em parceria com o Instituto Talanoa mostra que, entre março e maio deste ano, o governo publicou 195 atos no Diário sobre o meio ambiente. Nos mesmos meses de 2019, foram apenas 16 atos publicados relacionados ao tema, um aumento de 12 vezes.
Trata-se da a realização da proposta do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de "passar a boiada" em termos de legislação ambiental, no período da pandemia. O ministro considerava que enquanto a opinião pública estava voltada para o noticiário sobre a pandemia, o governo poderia passar medidas prejudiciais ao meio ambiente sem ser percebido. 
"Precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos neste momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa porque só se fala de Covid, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas", afirmou Salles na reunião ministerial. 
Desde então, entidades ligadas ao meio ambiente têm protestado contra o propósito do governo Bolsonaro de desmontar as políticas ambientais previstas por lei. 


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