Novo
imposto sugerido pelo governo Bolsonaro terá alíquota menor para bancos,
enquanto templos religiosos continuam isentos. Apresentada como se fosse a
expressão de entendimento entre o Executivo e o Legislativo, a reforma
tributária de Guedes não terá tramitação fácil, pois pode se chocar com
projetos que já estão sendo apreciados pela Câmara e o Senado
Guedes leva proposta de reforma tributária ao Congresso (Foto: Pedro França) |
247 - O ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou nesta
terça-feira (21) ao Congresso Nacional uma proposta do governo federal com
parte da reforma tributária estudada pela área econômica. O projeto foi
entregue aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP).
O setor financeiro
será beneficiado com alíquota menor da nova Contribuição Social sobre Operações
com Bens e Serviços (CBS) proposta pela equipe econômica.
O projeto apresentado nesta terça-feira
(21) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes ao Congresso prevê uma cobrança de
12% sobre produtos e serviços, e uma alíquota de menos da metade (5,9%) para
bancos, informa O Estado de S.Paulo.
Receitas não operacionais – como
dividendos (pagamento que os acionistas de uma empresa recebem pelo lucro
gerado), rendimentos de aplicações financeiras e juros sobre capital próprio -
não serão atingidas pelo novo tributo que deve substituir PIS/Cofins.
Os templos religiosos e empresas que não
realizam atividade econômica ficarão isentos. As entidades beneficentes
continuam imunes à tributação e também não será cobrada CBS sobre as receitas
recebidas do SUS por hospitais particulares.
Segundo anunciado pelo ministério, essa
primeira proposta trata apenas da unificação de PIS e Cofins, os dois tributos
federais sobre o consumo. Temas mais complexos, como a inclusão de tributos
estaduais nesse imposto único, mudanças no Imposto de Renda e alteração da
carga tributária devem ficar para uma segunda fase, ainda sem data para ser
protocolada.
Alcolumbre afirmou que a proposta do
governo federal para a reforma tributária será aperfeiçoada no Congresso.
Segundo ele, as mudanças serão discutidas na comissão mista formada por
deputados e senadores no Legislativo.
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