"Desde
2005, a variante do vírus influenza A H1N2 já foi encontrada outras 25 vezes.
Mas esta que identificamos em uma amostra de Ibiporã, no Paraná, é diferente de
todas as demais já descobertas no mundo", diz a virologista e chefe do
IOC/Fiocruz, Marilda Siqueira
Marilda Siqueira (Foto: Arquivo Pessoal) |
247 - Uma nova variante do vírus A H1N2 transmitida de porcos para
humanos descoberta no Paraná vem deixando em alerta os cientistas da Fiocruz.
Segundo reportagem do jornal O Globo, os estudos visam avaliar a capacidade de transmissão e o
potencial pandêmico da variante do vírus influenza.
“Desde 2005, a
variante do vírus influenza A H1N2 já foi encontrada outras 25 vezes. Mas esta
que identificamos em uma amostra de Ibiporã, no Paraná, é diferente de todas as
demais já descobertas no mundo”, diz a virologista e chefe do Laboratório de
Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Marilda
Siqueira. “Mas não sabemos ainda o que isso significa, se lhe confere mais
risco ou menos. É por isso que vamos buscar outros possíveis casos”, completou.
De acordo com a reportagem, o primeiro
caso no mundo foi descoberto em uma jovem de 22 anos que se recuperou
completamente. “Ela provocou um caso gripal leve, uma moça de 22 de anos, que
trabalhava num matadouro em Ibiporã, no Paraná. Ela adoeceu em abril, mas se
recuperou totalmente. Essa variante do vírus influenza A H1N2 tem potencial
pandêmico, mas isso não quer dizer que vá causar pandemia”, ressalta a
virologista.
Ainda segundo ela,
o potencial pandêmico é semelhante ao do novo vírus descoberto recentemente na
China. “Diria que o potencial de causar pandemia é o mesmo. Sendo que o novo
vírus influenza identificado na China (G4 EA H1N1), pelo que se sabe, infectou
somente os porcos. Este daqui do Brasil foi transmitido para seres humanos”, destaca.
“Precisamos manter vigilância intensa e
constante porque as pandemias de H1N1 e do coronavírus Sars-CoV-2 deixam mais
do que evidente como vírus respiratórios podem ser devastadores. Então,
precisam ser detectados e contidos no início”, afirma.
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