Ex-presidente
Lula deixou claro porque não participa de frentes amplas com as mesmas forças
que promoveram o golpe contra Dilma e querem apenas "reeducar Jair
Bolsonaro"
Lula (Foto: Eric Gomes) |
247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais uma vez
sepultou as ilusões daqueles que acreditam em frentes amplas com as mesmas
forças que pretendem apenas civilizar Jair Bolsonaro, mas sem retirá-lo do
poder. "Não se enganem: o mercado quer manter o Bolsonaro. Só querem que
ele seja mais ameno e pegue um pouco mais leve com a Globo. Mas eles estão
adorando a política de destruição do Estado", afirmou o ex-presidente, em
diálogo com Leonardo Boff.
Lula fez sua
declaração no mesmo dia em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um
dos principais articuladores do golpe de 2016, defendeu a permanência de Jair
Bolsonaro na presidência. Saiba mais:
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
(FHC), do PSDB, disse que não votou em Jair Bolsonaro. “Pela primeira vez na
vida, anulei o voto”, afirmou em entrevista à CNN. O tucano, porém, novamente
se posicionou contra o impeachment, logo depois de falar sobre uma frente:
"O objetivo político não deve ser derrubar quem foi eleito. Temos que ter
paciência histórica".
Na entrevista, ele disse também que a
democracia é “um regime de inclusão” e que “Bolsonaro quer frequentemente
excluir, mas não tem uma proposta para construir a nação”.
“Eu sei que há
críticas de direita e de esquerda ao meu comportamento. Eu sei que é difícil
haver posições de equilíbrio em um mundo polarizado”, destacou. “Mas
polarização cansa também, chega um momento que precisa de um pouco mais de
juízo”, continuou. “É preciso dar de novo confiança aos brasileiros para o
Brasil”. Segundo ele, a solução para isso seria “juntar todo mundo para
encontrar o caminho”.
“Esse governo está isolado, é insolente”,
ressaltou o ex-presidente, que também criticou as diversas saídas dos
ministérios, principalmente dos ministros da Saúde “em plena pandemia”. Sobre a
saída do terceiro ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, FHC afirmou
que isso “compromete muito” a situação do País. Na Educação, “tem que ter uma
pessoa sensata”, reforçou.
FHC também fez críticas ao ex-presidente
Lula. "Essa ideia de ir para o poder matou também ao meu ver a
possibilidade real do PT de chegar ao poder porque ninguém chega sozinho. Agora
mesmo o Lula saiu da prisão e em vez de ter aprendido um pouco mais com a vida
ele quer voltar ao passado. Ele acha que repetir o que aconteceu com ele mesmo,
quer dizer, ele se marca por ser contra. Não é o momento. O momento agora é ser
a favor da população e de um caminho para o Brasil", declarou.
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