Integrantes
da força-tarefa avaliam que isto pode acontecer em razão do fato de o advogado
Carlos Zucolotto, amigo do ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro, ter negociado com
Tacla Duran
Sérgio Moro e Tacla Duran (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Lula Marques) |
247 - A força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba vem
demonstrando preocupação com a possibilidade de que a retomada da negociação em torno de uma delação premiada do
advogado Rodrigo Tacla Duran resulte em uma operação de "busca e apreensão
desmoralizante" contra o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro. Uma ação desta
natureza colocaria por terra o discurso de imparcialidade adotado pela
operação, além de representar o fim das pretensões políticas de Moro em
disputar as eleições presidenciais de 2022.
Segundo reportagem
do jornal Valor
Econômico, a avaliação dos procuradores é que a retomada das
negociações por novos depoimentos de Tacla Duran seja utilizada
politicamente pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para minar a
credibilidade da operação e turbinar o capital político de Jair Bolsonaro, que
visa a reeleição.
As tratativas entre a PGR e Tacla Duran
para um acordo de delação premiada foram retomadas em junho. Ele acusa o também
advogado Carlos Zucolotto, padrinho de casamento de Sérgio Moro, de agir como
intermediário de negociações paralelas, envolvendo supostos pagamentos de
propinas entre delatores e investigadores da Operação Lava Jato.
A proposta de delação de Tacla Duran, que era operador
financeiro da empreiteira Odebrecht no exterior, foi rejeitada pela Lava Jato
em 2016.
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