Nos
primeiros seis meses deste ano, o país asiático respondeu por 34% das
exportações nacionais e 80% do superávit comercial – o que prova que Jair
Bolsonaro atenta contra o interesse nacional quando ataca a China
Donald Trump, Jair Bolsonaro e Xi Jinping (Foto: Reuters) |
247 – As estatísticas oficiais demonstram que Jair Bolsonaro, que
mantém uma política externa de total submissão aos interesses de Donald Trump,
atenta contra os interesses nacionais, quando ataca a China. Isso porque nunca
foi tão grande a participação chinesa nas exportações e no saldo comercial do
País – o que é fruto de uma parceria estratégica entre Brasil e China
consolidada no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"De janeiro a
junho, os embarques para o gigante asiático subiram 14,6% ante o mesmo período
do ano passado, para US$ 34,35 bilhões, ao mesmo tempo em que as vendas para o
resto do mundo caíram 15,2%. Como resultado da maior demanda da China, a
participação do país na pauta de exportações nacional cresceu ainda mais, de
27% no primeiro semestre de 2019 para 34% no mesmo intervalo de 2020 - maior
percentual desde 2000, primeiro ano da série elaborada pelo banco. Do superávit
de US$ 22,3 bilhões da balança comercial brasileira no acumulado deste ano, a
China responde por US$ 17,7 bilhões, ou quase 80% do total", aponta reportagem do jornalista Assis
Moreira, publicada no Valor Econômico.
“As exportações brasileiras continuaram
relativamente resilientes, graças à demanda da China”, diz Roberto Secemski, do
banco Barclays. Após cair 6,8% no primeiro trimestre sobre igual período de
2019, a economia chinesa cresceu 3,2% no segundo trimestre na mesma comparação,
o que configura uma recuperação em “V”. A China deve sair do choque atual mais
forte e será uma das poucas nações a crescer este ano, afirma Livio Ribeiro,
pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas
(Ibre/FGV).
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