O
presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, anunciou que o órgão fará uma campanha
contra fake news com o biólogo Atila Iamarino e disse que a população
"deve checar a procedência do que recebe, deve verificar autenticidade,
não repassar o que não é verdade e adotar a regra de ouro"
Ministro Roberto Barroso e o biólogo Atila Iamarino (Foto: Carlos Moura/SCO/STF | Reprodução) |
247 - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís
Roberto Barroso, anunciou nesta segunda-feira (27) que o biólogo Atila Iamarino
participará de uma campanha contra fake news promovida pela corte visando as eleições
de novembro. O pesquisador defende o isolamento social e critica a forma como
Jair Bolsonaro lida com a pandemia do coronavírus.
"Nós estamos
começando dentro de mais uma semana, na volta do recesso, uma campanha contra
as fake news", disse Barroso em um debate virtual. "Pegamos um
YouTuber popular, para fazer uma campanha explicando para a população que deve
checar a procedência do que recebe, deve verificar autenticidade, não repassar
o que não é verdade e adotar a regra de ouro, que vale para quase tudo na vida,
que é não fazer com o outro o que não gostaria do que se fizesse com elas
mesmas. O YouTuber é o Atila Iamarino", acrescentou.
O ministro do TSE afirmou que gostaria de
protagonizar pessoalmente a campanha anti-fake news, mas crê que não é
permitido. "Eu mesmo gostaria de fazer, mas há uma dúvida se quem ocupa
cargo público pode participar. Por isso não vou à televisão. Mas nas redes
sociais pretendo sim participar da campanha. Gostaria de ser capaz de ajudar a
proporcionar um debate público feito de argumentos e de ideias, sem ódio e sem
desqulificação do outro. É preciso requalificar o debate brasileiro",
disse.
Atualmente, o Brasil ocupa o segundo lugar
no ranking global de confirmações (2,4 milhões) e mortes (87,7 mil)
provocadas pelo coronavírus, perdendo apenas os Estados Unidos, com 3,4 milhões
de casos e 150 mil óbitos.
Bolsonaro, que testou positivo para a
Covid-19 neste mês, já subestimou a doença. Em junho, ele disse que
"talvez tenha havido um pouco de exagero" na maneira como a pandemia
foi tratada. Chegou a classificá-la como uma "gripezinha",
em março, e perguntou "e
daí?" ao ser questionado sobre os cinco mil mortos pela
doença, em abril.
Mesmo após ter dito que foi diagnosticado
com a doença, Bolsonaro voltou a fazer propaganda da cloroquina, ao dizer que o
remédio tem por volta de "100% de
eficácia". O medicamento, no entanto, não tem comprovação
científica.
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