O
terceiro e maior ato do movimento Janelas pela Democracia reuniu, nesta
terça-feira (14), sete partidos que defendem o impeachment do presidente Jair
Bolsonaro
Partidos de esquerda e centro-esquerda defendem impeachment já (Foto: Portal Vermelho) |
247 - O movimento Janelas pela Democracia realizou nesta
terça-feira (14) uma manifestação virtual pelo impeachment já.
A transmissão
pelas redes sociais, mediada pelo jornalista Fábio Pannunzio, teve a
participação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e dos presidentes do PDT,
Carlos Lupi, e do PV, José Luiz Penna, do governador Flávio Dino (PCdoB-MA), do
senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), do deputado federal Alessandro Molon
(PSB-RJ) e do ex-ministro Cristovam Buarque (Cidadania), informa o jornalista André Cintra do Portal Vermelho.
O ato ocorreu no mesmo dia em que o
governo Bolsonaro completou 60 dias sem ministro da Saúde, apesar do crescente
número de casos e mortes decorrentes da pandemia do novo coronavírus. “Temos um
problema de descontinuidade administrativa, por falta de comando e de programa.
Nós temos um governo federal descomprometido com o Brasil e com os
brasileiros”, afirmou Flávio Dino.
Outros
participantes frisaram aspectos trágicos da pandemia. “É assustador você ver
que as periferias, as favelas, os índios, os quilombos, os mais pobres, os
desprotegidos estão entregues à própria sorte”, afirmou Penna. Molon lembrou
que o País ultrapassou, nesta semana, a marca de 73 mil mortes confirmadas por
Covid-19: “É uma tragédia sem precedentes na história do Brasil. Isso se deu
pela irresponsabilidade do presidente da República”.
Gleisi Hoffmann comparou a situação do
Brasil com a da Argentina, onde o presidente Alberto Fernández lidera a reação
à crise do coronavírus por meio de forte intervenção estatal. Fernández está,
segundo a petista, “protegendo o povo e a economia. Lá, as mortes estão
baixas.” Já no Brasil, diz Gleisi, a política “genocida” de Bolsonaro justifica
um pedido de impeachment. O PT também defende a convocação de novas eleições,
devido às fraudes bolsonaristas na disputa presidencial de 2018.
Carlos Lupi chamou
Bolsonaro de “profeta da ignorância” e também defendeu o impedimento de
Bolsonaro. “Nós queremos o seu impeachment porque ele já cumpriu todos os
crimes possíveis”, disse Lupi. Segundo ele, “emprego é o único caminho para
levar a sociedade a ser mais justa e mais fraterna”.
O ato do Janelas pela Democracia também
homenageou o ex-deputado, jornalista e ambientalista Alfredo Syrkis, que morreu
na semana passada, vítima de um acidente de carro. Em 8 de julho, apenas dois
dias antes de sua morte, Syrkis escreveu no Twitter: “Contribuir com a expansão
da pandemia política agora fisicamente não é crime de responsabilidade? Nunca
houve na nossa história presidente mais merecedor de impeachment ou afastamento
judicial”.
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