O
ministro do STF Alexandre de Moraes quer explicações da Secom e três bancos
públicos - Caixa, Banco do Brasil e BNDES - sobre anúncios feitos em redes
sociais e sites de fake news. O pedido foi feito no âmbito do inquérito que
apura ofensas, ameaças e notícias falsas contra a Corte
Alexandre de Moraes, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES (Foto: STF | Reuters) |
247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de
Moraes quer explicações da Secretaria de Comunicação do governo federal (Secom) e três bancos públicos sobre investimentos feitos em sites e
redes sociais propagadoras de fake news. O pedido foi feito no âmbito do
inquérito que apura ofensas, ameaças e fake news contra a Corte. O Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e a
Caixa Econômica Federal deverão enviar informações ao ministro. Essas três
instituições foram alvos de representações e decisões do Tribunal de Contas da
União (TCU) pela presença de anúncios em sites e em canais acusados de fake
news.
O BNDES pagou
por anúncios em canais do YouTube de blogueiros investigados pelo STF,
de acordo com o jornal O
Globo. O banco anunciou que suspendeu suas campanhas na internet por
meio do Google Ads, plataforma de mídia programática.
De acordo com o subprocurador do MP junto
ao TCU, Lucas Furtado, cabe ao tribunal "empreender a mesma ação de
controle que vem sendo desenvolvida em face do Banco do Brasil, tendo em vista
se tratar do mesmo tipo de irregularidade que estaria sendo praticada no âmbito
de outras duas instituições financeiras públicas: o BNDES e o BNB". O
relato dele foi publicado no blog do
Fausto Macedo.
Em junho, o ministro do TCU Bruno Dantas
determinou a suspensão de anúncio da Caixa em canais e em sites que propagam
notícias falsas. A liminar foi proferida na esteira de decisão semelhante adotada
pelo ministro contra o Banco do Brasil, em maio. No caso do BB, a representação
do TCU apurava ingerência da Secom no comando da publicidade do banco.
Em maio, a Polícia Federal identificou o
vereador Carlos Bolsonaro como um dos
articuladores de um esquema criminoso de fake news. Naquele mês,
agentes cumpriram mandados de busca e apreensão contra políticos e empresários
bolsonaristas, além do blogueiro Allan dos Santos, do site Terça Livre, por
causa da disseminação de fake news. Um dos alvos foi a deputada federal Carla
Zambelli (PSL-SP), que ameaçou a Corte e pediu o "impeachment" do
responsável pela ação.
Também na mira das
investigações, a militante bolsonarista Sara Winter ameaçou o ministro do
STF Alexandre de Moraes, que autorizou a ação da PF e é relator do inquérito
sobre fake news. "A gente vai descobrir os locais que você
frequenta".
Dentre os alvos da operação estão os empresários
bolsonaristas Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e
Edgard Corona, fundador da Smart Fit. Além de Carla Zambelli, a corporação
investiga sete deputados
bolsonaristas. O ex-deputado
federal Roberto Jefferson é outro investigado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário