quinta-feira, 23 de julho de 2020

Alckmin é denunciado por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica eleitoral e corrupção passiva


De acordo com a denúncia do MP no âmbito da Lava Jato, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu, de forma indevida, R$ 2 milhões da empreiteira Odebrecht na campanha ao governo estadual em 2010 e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014
Geraldo Alckmin
Geraldo Alckmin (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

247 - O Ministério Público denunciou nesta quinta-feira (23) o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica eleitoral e corrupção passiva no âmbito da operação Lava Jato. De acordo com a denúncia, o tucano recebeu, de forma indevida, R$ 2 milhões da empreiteira Odebrecht na campanha ao governo estadual em 2010 e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014. 
Outro denunciado foi o doleiro e delator Alvaro José Gallies Novis. Também foram alvos da acusação seis executivos e operadores do Grupo Odebrecht - Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Fernando Migliaccio da Silva, Luiz Antônio Bueno Júnior,  Luiz Eduardo da Rocha Soares e Maria Lúcia Guimarães Tavares. Eles prestaram depoimentos como colaboradores. 
Em nota, a Promotoria afirmou que "os recursos não foram registrados nas prestações de contas do candidato (falsidade ideológica), que solicitou e recebeu vantagem indevida (corrupção passiva), pagas pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht, a partir do emprego de métodos ilícitos como uso de ‘doleiros’, com o fim de ocultar a origem dos valores e dificultar a possibilidade de seu rastreio (lavagem de dinheiro)". 
"Esses recursos destinavam-se, num primeiro momento, ao financiamento eleitoral indevido (não declarado) e, num momento seguinte, pós eleições, à manutenção da influência do grupo empresarial junto ao governo", disse. O teor da manifestação do MP foi publicado no blog do Fausto Macedo
O documento, subscrito pelos promotores Everton Zanella, Fábio Bechara, João Santa Terra, Luiz Ambra e Rodrigo Caldeira, apontou que "os relatos e provas de corroboração reunidos revelaram centenas de atos ilícitos praticados em favor de empresas do Grupo Odebrecht, incluindo o pagamento de forma dissimulada de vantagens a agentes públicos e financiamentos de campanhas eleitorais, em um sofisticado esquema de lavagem de capitais".


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