Há fortes
indícios de que o advogado Frederick Wassef pagava despesas de Fabrício
Queiroz. Se confirmada a suspeita, Wassef pode ser “a Fiat Elba de Bolsonaro” e
levar à queda do governo, escreve Maria Cristina Fernandes, editora do Valor
Econômico
(Foto: Reuters | Reprodução) |
247 - A editora do Valor
Econômico Maria Cristina Fernandes escreve sobre
a tentativa do governo Bolsonaro conseguir uma blindagem no Superior Tribunal
de Justiça (STJ), que parece fadada ao fracasso. A situação de Bolsonaro deve
agravar-se ainda mais se confirmados os indícios de que o advogado Frederick
Wassef pagava despesas de Fabrício Queiroz. Se confirmada a suspeita, Wassef
pode ser “a Fiat Elba de Bolsonaro” e levar à queda do governo, afirma a
jornalista.
A Fiat Elba a que
se refere a jornalista foi o elo entre Fernando Collor de Mello e seu
tesoureiro de campanha, Paulo César Farias (PC Farias), comprovando a relação
ilegal entre os dois e que levou à queda do governo em 1992.
Há um vínculo de R$ 41 milhões que começar
a apontar para a relação entre Bolsonaro e Wassef. Leia reportagem sobre o
assunto publicada este domingo (21) no 247:
247 - Uma empresa
ligada à ex-mulher e sócia do advogado Frederick Wassef, que defende o senador
Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), recebeu R$ 41,6 milhões durante a gestão de
Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com reportagem de Constança Rezende e
Eduardo Militão, do UOL,
o valor se refere a pagamentos efetuados entre janeiro de 2019 e março deste
ano pelo governo federal para a Globalweb Outsourcing — empresa fundada por
Cristina Boner Leo, que presta serviços de informática e tecnologia da
informação a diferentes órgãos da administração federal, como o Ministério da
Educação e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social).
A empresa já prestava serviços nos quatro
anos de gestão anteriores, de Dilma Rousseff e Michel Temer. No entanto,
segundo levantamento feito pelo UOL no portal da Transparência e Diário
Oficial, os contratos que a empresa tinha negociado com governos anteriores
foram prorrogados e receberam aditivos de R$ 165 milhões pela gestão de
Bolsonaro.
Além disso, o novo governo fechou novos
contratos com a Globalweb Outsourcing no valor de R$ 53 milhões — totalizando
um compromisso de R$ 218 milhões a serem pagos pelos cofres públicos nos
próximos anos.
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