Com o
volume de provas contra o clã no âmbito do inquérito sobre as fake news,
lideranças avaliam que o fim do ciclo bolsonarista pode se dar pela impugnação
da chapa Bolsonaro-Mourão no TSE
Bolsonaro, TSE e Mourão (Foto: ABr | Alan Santos/PR) |
247 - O
Congresso Nacional deve transferir para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a
responsabilidade de afastar Jair Bolsonaro. Com o volume de provas contra o clã
no âmbito do inquérito sobre as fake news, lideranças avaliam que o fim do
ciclo bolsonarista pode se dar pela impugnação da chapa Bolsonaro-Mourão no TSE
e não pelo impeachment no Parlamento.
Membros do governo foram informados que o
Supremo Tribunal Federal tem munição para novas ações que miram o esquema de
disseminação de notícias falsas, mantido por apoiadores de Bolsonaro, com igual
ou maior fôlego do que a operação conduzida pela Polícia Federal na última
quarta-feira (27). "O relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes,
estaria longe de esgotar o arsenal”, informa o jornal Valor
Econômico.
Dentre os alvos da operação da semana
passada estão os empresários
bolsonaristas Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e
Edgard Corona, fundador da Smart Fit. Oito deputados
bolsonaristas, dentre eles Carla Zambelli, também são investigados.
O ex-deputado
federal Roberto Jefferson é outro alvo da ação.
Em análise
publicada em sua coluna no
portal G1, Helio Gurovitz afirma que "todos os elementos do tabuleiro e
todas as jogadas em Brasília nos bastidores apontam para o segundo caminho: a
impugnação da chapa vitoriosa em 2018 pelo TSE, com a convocação de novas
eleições".
"O motivo alegado para isso será a
violação das regras de financiamento eleitoral. Uma vez comprovado que a
campanha de Bolsonaro se beneficiou de recursos que não foram declarados,
estará configurado, nos termos da Lei Eleitoral, o pretexto jurídico para
cassar a chapa que elegeu Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão".
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