Mergulhado
em profunda recessão, com a economia derretendo e as crises social e sanitária
sem controle e em agravamento, o Brasil terá uma das mais lentas recuperações
no período posterior à pandemia
(Foto: Roberto Parizotti/FotosPublicas | Carlos Bassan | Reuters) |
247 - Com a crise sanitária sem controle porque o governo lida mal
com a pandemia, economistas preveem que o Brasil vai demorar mais do que outros
países para recuperar a economia depois da pandemia da Covid-19.
Apesar de
políticas importantes adotadas devido às ações da oposição no Congresso
Nacional, como a implementação do auxílio emergencial de até R$ 1.200 para
desempregados e informais, o governo até hoje não conseguiu organizar a contento
os pagamentos, o que levou uma multidão de brasileiros de baixa renda a se
aglomerar nas agências da Caixa Econômica Federal, prejudicando o isolamento,
destaca reportagem do Estadão.
Outras medidas, como as linhas de crédito,
sobretudo para as empresas médias e menores, não chegaram a se efetivar.
O Brasil enfrenta a pandemia de maneira
caótica. Jair Bolsonaro subestimou por diversas vezes a Covid-19 e ao invés de
se voltar para a tomada de medidas eficazes, focou sua atenção no uso da
hidroxicloroquina como terapia para a Covid-19, tentou maquiar as informações
sobre o número de mortes e combateu o distanciamento social recomendado pela
comunidade médica, como medida para impedir o contágio da população com o novo
coronavírus.
A reportagem cita, entre outros, o
ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Luiz Carlos Mendonça de Barros segundo o qual o caminho para enfrentar a crise,
como na Alemanha, é reduzir o imposto sobre o consumo, dar um bônus de US$ 300
para as famílias de baixa renda e socorrer empresas.
“O problema aqui é que o governo é uma
bagunça. Mas é preciso acenar com um projeto de reconstrução para depois da
quarentena, dar esperança, mostrar à sociedade que algo está sendo planejado”,
diz Mendonça de Barros.
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