terça-feira, 16 de junho de 2020

Retomada da economia no Brasil depois da pandemia deve ser mais lenta que em 90% dos países


Mergulhado em profunda recessão, com a economia derretendo e as crises social e sanitária sem controle e em agravamento, o Brasil terá uma das mais lentas recuperações no período posterior à pandemia
(Foto: Roberto Parizotti/FotosPublicas | Carlos Bassan | Reuters)

247 - Com a crise sanitária sem controle porque o governo lida mal com a pandemia, economistas preveem que o Brasil vai demorar mais do que outros países para recuperar a economia depois da pandemia da Covid-19.
Apesar de políticas importantes adotadas devido às ações da oposição no Congresso Nacional, como a implementação do auxílio emergencial de até R$ 1.200 para desempregados e informais, o governo até hoje não conseguiu organizar a contento os pagamentos, o que levou uma multidão de brasileiros de baixa renda a se aglomerar nas agências da Caixa Econômica Federal, prejudicando o isolamento, destaca reportagem do Estadão.
Outras medidas, como as linhas de crédito, sobretudo para as empresas médias e menores, não chegaram a se efetivar. 
O Brasil enfrenta a pandemia de maneira caótica. Jair Bolsonaro subestimou por diversas vezes a Covid-19 e ao invés de se voltar para a tomada de medidas eficazes, focou sua atenção no uso da hidroxicloroquina como terapia para a Covid-19, tentou maquiar as informações sobre o número de mortes e combateu o distanciamento social recomendado pela comunidade médica, como medida para impedir o contágio da população com o novo coronavírus.
A reportagem cita, entre outros, o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Luiz Carlos Mendonça de Barros segundo o qual o caminho para enfrentar a crise, como na Alemanha, é reduzir o imposto sobre o consumo, dar um bônus de US$ 300 para as famílias de baixa renda e socorrer empresas.  
“O problema aqui é que o governo é uma bagunça. Mas é preciso acenar com um projeto de reconstrução para depois da quarentena, dar esperança, mostrar à sociedade que algo está sendo planejado”, diz Mendonça de Barros.


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