Em
vídeoconferência marcada para esta segunda-feira (29), dirigentes da
Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e prefeitos das cinco regiões do País
tentarão convencer o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro
Luís Roberto Barroso, que é impossível realizar a eleição municipal deste ano.
Os debatedores vão elencar uma série de
argumentos, a começar pelo de que, sem vacina, é impossível garantir que o
pleito aconteça com zero risco de contágios. Os gestores vão defender ainda que
as campanhas municipais dependem muito mais do corpo a corpo do que da
internet. Levarão dados: mais de mil dos 5.570 municípios brasileiros não
possuem sinal ou banda larga; entre candidatos a prefeito, a vice e a vereador,
serão mais de 500 mil no país; as estruturas para as campanhas devem incluir,
por baixo, cinco milhões de cabos eleitorais, o que significa muita gente em
circulação. E vão se mostrar preocupados com a questão econômica. O presidente
da CNM, Glademir Aroldi, defende que o pleito em 2020 pode, inclusive, “desencadear
uma segunda onda da covid-19 no Brasil.”
Na semana passada o Senado Federal aprovou
a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que transfere as eleições de 2020
para os dias 15 (primeiro turno) e 29 (segundo turno) de novembro. As datas
originais são 4 e 25 de outubro. Agora, a mudança precisa passar pela Câmara
dos Deputados, onde parte do chamado Centrão (220 deputados) ameaça
inviabilizá-la. O grupo está rachado: parte acompanha o presidente da Casa,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), que endossa a alteração aprovada no Senado; e parte
cerra fileiras junto ao líder do PP e coordenador do bloco, deputado Arthur
Lira (AL), defendendo a manutenção do pleito em 4 de outubro. A Câmara quer
resolver o assunto até sexta-feira (3), em função de novos prazos de desincompatibilização,
no sábado. (CP).
Fonte:
Contraponto
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