“Aparentemente
o novo ministro da Educação incorreu no tipo de plágio parcial”, afirmou o
professor e pesquisador da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf),
Marcos Pedlowski
Carlos Alberto Decotelli da Silva (Foto: Reprodução) |
Por Cida de Oliveira, da Rede Brasil Atual – Pelo que tudo indica, o episódio do doutorado fake do
novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, terá novos capítulos. Seu
mestrado pela Fundação Getulio Vargas, conforme seu currículo, está sob
suspeita de plágio. A suspeita foi levantada hoje (27) pelo professor Thomas
Conti e a instituição já avisou que vai investigar o caso
Dependendo do que
for apurado, e for mesmo constatado o plágio, o ministro Decotelli perderá seu
título. E sem o título de mestre, seu suposto doutorado também ficaria em
xeque.
“Aparentemente o novo ministro da Educação
incorreu no tipo de plágio parcial, que apesar de sua parcialidade, poderia ser
motivo de anulação do seu título de mestre pela FGV, caso alguém de dentro ou
de fora da instituição decida solicitar uma apuração formal do caso”, afirmou o
professor e pesquisador da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf),
Marcos Pedlowski.
De acordo com ele, que lecionou durante
muitos anos uma disciplina chamada Fundamentos da Metodologia da Pesquisa, um
dos itens abordados em sala de aula se referia aos problemas legais e
acadêmicos decorrentes da prática de plágio.
Existem várias modalidades deste tipo de
prática que transgride os princípios básicos da boa prática científica,
explicou Pedlowski. Há o plágio integral, que consiste nacópia de trabalho
inteiro, sem citar a fonte; o plágio parcial, que resulta da seleção de
parágrafos ou frases de um ou diversos autores, sem menção às obras; e o
conceitual, que é a utilização da essência da obra do autor expressa de forma
distinta da original.
“Independente do montante retirado
diretamente do documento da CVM para o interior da dissertação de Carlos
Alberto Decotelli, o fato se reveste em mais um mico acadêmico, que terá
impactos diretos na legitimidade dos futuros atos do novo ministro da Educação.
Isto se o orientador da dissertação na FGV, o Dr. Luís Cesar Gonçalves,
não decidir tomar alguma providência para se afastar academicamente do seu
ex-orientando”.
Fonte: Brasil 247
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