As
manifestações antifascistas do último domingo e os entendimentos entre forças
políticas progressistas e de centro para formar uma frente ampla democrática de
oposição, levam Bolsonaro a maior isolamento político e a elaborar novas
estratégias para se manter no poder. Uma delas é a intensificação da
polarização com o PT
(Foto: Alan Santos/PR | Mídia Ninja) |
247 - A luta
popular e a articulação política entre as forças progressistas e o centro para
formar a frente ampla democrática provocaram reações no Palácio do
Planalto.
Jair Bolsonaro definiu a estratégia
política de polarizar com o PT e tentar evitar que nomes de legendas de centro
ganhem capilaridade eleitoral.
Reportagem dos jornalistas Gustavo Uribe, Julia Chaib e Ricardo Della Coletta na
Folha de S.Paulo informa que em conversas de bastidores nesta segunda-feira
como aliados próximos, Bolsonaro avaliou que as manifestações reforçaram
a ideia de formação de uma frente ampla contra o governo.
Apesar de a maior parte dos partidos
progressistas não terem encorajado a participação nas manifestações, devido aos
cuidados necessários para se proteger da Covid-19, a formação da frente ampla
foi um dos assuntos que gerou adesões nas redes sociais no último domingo. O núcleo
digital do Palácio do Planalto identificou que a defesa de uma frente contra o
governo ganhou impulso nas nas redes durante as manifestações democráticas de
oposição a Bolsonaro.
Para evitar que a ideia ganhe força nas
próximas semanas, diante de novos protestos sendo articulados por entidades
civis, Bolsonaro pretende reforçar a polarização com o PT, redobrando os
ataques ao partido, e ignorar críticas de lideranças de centro.
Bolsonaro vai reforçar as críticas aos
protestos contra o governo e vai tentar vinculá-los à violência e à
baderna.
Em conversa com um grupo de apoiadores
nesta segunda-feira, Bolsonaro classificou as manifestações como "o grande
problema do momento" e disse que "estão começando a colocar as mangas
de fora".
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