quarta-feira, 17 de junho de 2020

Isolado, Flávio Bolsonaro diz que não é hora de confronto


Na mira do Judiciário do Rio por crimes de lavagem de dinheiro, o senador Flávio Bolsonaro disse que é momento de dar um "voto de confiança" às instituições e "não radicalizar". "O momento não é de medidas drásticas", afirmou. Aliados do seu pai, Jair Bolsonaro, foram alvos da PF e tiveram sigilos quebrados
Flávio Bolsonaro
Flávio Bolsonaro (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - Investigado pelo Judiciário do Rio por crime de corrupção e lavagem de dinheiro, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou que, "por mais que dê vontade de xingar" e "fazer as coisas com as próprias mãos", é momento de dar um "voto de confiança" às instituições e não radicalizar. O discurso foi feito nesta terça-feira (16), quando aliados de Jair Bolsonaro foram alvos de busca e apreensão da Polícia Federal no âmbito do inquérito que apura atos pró-golpe. Parlamentares bolsonaristas também tiveram sigilos bancários quebrados pela Justiça. 
"O momento não é de medidas drásticas, de partir para dentro de instituições. O Brasil não precisa disso agora. Por mais que, às vezes, dê vontade de xingar um, xingar outro, por mais que a gente perceba, às vezes, alguns sinais de que há algo estranho no ar, o momento nosso é o de dar o voto de confiança às instituições, de dar o voto de confiança às autoridades", disse o senador em live de uma rede social no perfil de uma consultoria empresarial que teve como tema a retomada da economia. O relato foi publicado na coluna de Bela Megale
O procurador da República Sérgio Pinel afirmou ter encontrado "fortes indícios" de lavagem de dinheiro" envolvendo o filho de Jair Bolsonaro. De acordo com o Ministério Público (MP-RJ), há sinais de que o senador lavou R$ 2,27 milhões com compra de imóveis e em sua loja de chocolates. 
Sem citar nomes, o parlamentar afirmou que "são todas pessoas maduras", "responsáveis" e cientes de que, se houver qualquer ruptura ou desrespeito com a Constituição, quem será prejudicado é o povo. 
"A gente tem que, a todo momento, não poupar esforços para que haja essa sincronia, esse entendimento, que se reduza essa desconfiança, porque não há razão para desconfiança entre as instituições", continuou. 
"Essa mensagem eu queria passar aqui, não adianta passar para radicalismo de querer fazer as coisas com as próprias mãos. Por mais que dê vontade, de vez em quando, a gente tem uma legislação que está sendo observada, uma Constituição que rege os poderes", acrescentou. 


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