Na mira
do Judiciário do Rio por crimes de lavagem de dinheiro, o senador Flávio
Bolsonaro disse que é momento de dar um "voto de confiança" às
instituições e "não radicalizar". "O momento não é de medidas drásticas",
afirmou. Aliados do seu pai, Jair Bolsonaro, foram alvos da PF e tiveram
sigilos quebrados
Flávio Bolsonaro (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado) |
247 -
Investigado pelo Judiciário do Rio por crime de corrupção e lavagem de
dinheiro, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou que, "por
mais que dê vontade de xingar" e "fazer as coisas com as próprias
mãos", é momento de dar um "voto de confiança" às instituições e
não radicalizar. O discurso foi feito nesta terça-feira (16), quando aliados de
Jair Bolsonaro foram alvos de busca e
apreensão da Polícia Federal no âmbito do inquérito que apura
atos pró-golpe. Parlamentares bolsonaristas também tiveram sigilos
bancários quebrados pela Justiça.
"O momento não é de medidas
drásticas, de partir para dentro de instituições. O Brasil não precisa disso
agora. Por mais que, às vezes, dê vontade de xingar um, xingar outro, por mais
que a gente perceba, às vezes, alguns sinais de que há algo estranho no ar, o
momento nosso é o de dar o voto de confiança às instituições, de dar o voto de
confiança às autoridades", disse o senador em live de uma rede social no
perfil de uma consultoria empresarial que teve como tema a retomada da
economia. O relato foi publicado na coluna de
Bela Megale.
O procurador da República Sérgio Pinel
afirmou ter encontrado "fortes indícios" de lavagem de dinheiro"
envolvendo o filho de Jair Bolsonaro. De acordo com o Ministério Público
(MP-RJ), há sinais de que o senador lavou R$ 2,27
milhões com compra de imóveis e em sua loja de
chocolates.
Sem citar nomes, o
parlamentar afirmou que "são todas pessoas maduras",
"responsáveis" e cientes de que, se houver qualquer ruptura ou
desrespeito com a Constituição, quem será prejudicado é o povo.
"A gente tem que, a todo momento, não
poupar esforços para que haja essa sincronia, esse entendimento, que se reduza
essa desconfiança, porque não há razão para desconfiança entre as
instituições", continuou.
"Essa mensagem eu queria passar aqui,
não adianta passar para radicalismo de querer fazer as coisas com as próprias
mãos. Por mais que dê vontade, de vez em quando, a gente tem uma legislação que
está sendo observada, uma Constituição que rege os poderes",
acrescentou.
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