MP
sustenta que, quando Flávio Bolsonaro era deputado, o atual senador nomeava
assessores orientados a devolver parte de seus salários para organização
criminosa, incluindo Fabrício Queiroz, que tenta explicar desde o fim de 2018
uma “movimentação atípica” de R$ 1,2 milhão, no intervalo de um ano, em suas
contas
Relator vota por anular quebra de sigilos de Flávio Bolsonaro. (Foto: Divulgação) |
247 - Alvo principal da operação do Ministério Público do Rio
desta quinta-feira, Fabrício Queiroz tenta explicar desde o fim de 2018 uma
“movimentação atípica” de R$ 1,2 milhão, no intervalo de um ano, em suas
contas, ponto inicial da investigação do Ministério Público (RJ) que apura a
prática de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj),
onde Queiroz trabalhou como assessor do então deputado Flávio Bolsonaro como
chefe de segurança. Queiroz foi preso em Atibaia, no interior de São Paulo e
deve vir para o Rio, onde é investigado.
Reportagem do jornal O
Globo relembra que, No fim de 2018, o Coaf apontou
“movimentação atípica” de R$ 1,2 milhão, em 2016 e 2017, nas contas de Fabrício
Queiroz, ex-assessor de Flávio. Assessores do ex-deputado estadual transferiram
recursos a Queiroz em datas próximas ao pagamento de servidores da Alerj.
Questionado sobre a movimentação atípica
em sua conta, Fabrício de Queiroz afirmou que suas transações financeiras eram
fruto da compra e venda de veículos usados. Porém, além da movimentação de R$
1,2 milhão, o ex-assessor da Alerj também entrou no radar do Coaf por outros R$
5,8 milhões movimentados nos últimos três anos.
Entre as provas
apresentadas para sustentar os pedidos de busca da operação contra Flávio e
ex-assessores, os promotores do MP-RJ identificaram 483 depósitos de pelo menos
13 ex-assessores na conta bancária de Queiroz, por transferência, cheque ou
dinheiro em espécie, num total de R$ 2 milhões.
A reportagem ainda destaca que, ao deferir
os pedidos do MP para realizar as buscas contra Flávio e ex-assessores, o juiz
da 27ª Vara Criminal da Comarca do Rio afirmou que “há indícios de que houve a
formação de uma organização com alto grau de permanência e estabilidade,
composta por dezenas de assessores da Alerj, nomeados por Flávio Bolsonaro,
para a prática de crimes de peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de
dinheiro”.
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