O decano
do STF, ministro Celso de Mello, negou pedido feito pelos partidos de oposição
para apreender o celular de Jair Bolsonaro por entender que só a PGR teria legitimidade
para fazê-lo
Ministro Celso de Mello (Foto: REUTERS/Adriano Machado) |
247 - O ministro
Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu não apreender o
celular de Jair Bolsonaro. Os partidos de oposição tinham feito esse pedido com
o objetivo de coletar provas de sua interferência na Polícia Federal
(PF).
Mesmo tomando essa decisão favorável ao
governo, o decano da suprema corte fez questão de assinalar que, na hipótese
contrária, Bolsonaro estaria sujeito a impeachment por crime de
responsabilidade caso levasse adiante a ameaça de não cumprir a determinação
judicial.
A petição foi motivo de uma grave crise
entre o governo de extrema direita e o Supremo Tribunal Federal. O
governo e ministros militares repudiaram o fato de o decano tê-la enviado à
Procuradoria-Geral da República (PGR) para a emissão de um parecer.
O ministro Celso
de Mello reafirmou que o Supremo está "atento à sua alta responsabilidade
institucional, não transigirá nem renunciará ao desempenho isento e impessoal
da jurisdição, fazendo sempre prevalecer os valores fundantes da ordem
democrática", informa o Valor Econômico.
Relator do inquérito que investiga
Bolsonaro, Celso de Mello disse que "nenhum dos Poderes da República pode
submeter a Constituição a seus próprios desígnios", sob pena de ter o
Estado Democrático de Direito "ferido em sua essência pela prática
autoritária do Poder".
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