A Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a
Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Universidade de São Paulo (USP),
entre outras prestigiosas entidades, assinam manifesto alertando para as
ameaças ditatoriais e em defesa da democracia
(Foto: Reuters | STF) |
247 - Mais de 200
entidades subscreveram um manifesto em defesa da democracia e do Judiciário. O
documento, lançado nesta segunda-feira, 8, reúne instituições de ensino,
institutos de Direito, sindicatos e associações de juízes, promotores,
defensores públicos, advogados, bispos e jornalistas.
A manifestação foi uma iniciativa da
Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Em termos enfáticos, repudia
"ataques e ameaças desferidas por grupos que pedem desde a prisão dos
ministros do Supremo Tribunal Federal até a imposição de uma ditadura no
país".
O texto defende a pluralidade política e a
separação harmônica entre os Poderes, bem como dos direitos e garantias
fundamentais dos cidadãos e das prerrogativas dos integrantes do sistema de
Justiça
As entidades condenam os ataques ao Poder
Judiciário como uma ameaça à democracia: “Atacar o STF significa ameaçar todo o
Judiciário e os valores democráticos do Brasil. Discordâncias, debates e
críticas fazem parte e são bem-vindas no Estado de Direito. A liberdade de
manifestação e de expressão, no entanto, não abarca discursos de ódio e a
apologia ao autoritarismo, à ditadura e a ideologias totalitárias que já foram
derrotadas no passado”, informa O Estado de S.Paulo.
Leia a íntegra do Manifesto em defesa da
Democracia e do Judiciário
"O Poder Judiciário é um dos pilares
do Estado Democrático de Direito. Sua autonomia e independência é condição para
a existência do regime democrático. Por isso, os signatários deste texto,
representantes legítimos das funções essenciais à realização da Justiça e da
sociedade civil, repudiam os ataques e ameaças desferidas contra o Judiciário
por grupos que pedem desde a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal
até a imposição de uma ditadura no país.
O STF, mais importante tribunal do país,
tem desempenhado, de forma republicana, seu papel de balizar a forma como a
Constituição deve ser aplicada. As crises, sanitária e econômica, que assolam o
país só podem ser superadas com a preservação dos princípios fundamentais da
República, como a pluralidade política e a separação harmônica entre os
Poderes, bem como dos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos e das
prerrogativas dos integrantes do sistema de Justiça.
Atacar o STF significa ameaçar todo o
Judiciário e os valores democráticos do Brasil. Discordâncias, debates e
críticas fazem parte e são bem-vindas no Estado de Direito. A liberdade de
manifestação e de expressão, no entanto, não abarca discursos de ódio e a
apologia ao autoritarismo, à ditadura e a ideologias totalitárias que já foram derrotadas
no passado.
Munidos de diálogo, pretendemos manter
vivo o desejo de um país mais justo, solidário, cidadão e responsável. É o
legado que a Constituição Federal determina que todos deixem para as gerações
futuras".
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