sábado, 6 de junho de 2020

Com explosão de casos e desmoralização global, governo brasileiro decide recontar mortes por covid-19


"Tinha muita gente morrendo por outras causas e os gestores públicos, puramente por interesse de ter um orçamento maior nos seus municípios, nos seus estados, colocavam todo mundo como covid. Estamos revendo esses óbitos", disse Carlos Wizard, novo secretário do ministério da Saúde
Coveiros com trajes de proteção enterram homem morto pela Covid-19 em cemintério em São Paulo 04/06/2020
Coveiros com trajes de proteção enterram homem morto pela Covid-19 em cemintério em São Paulo 04/06/2020 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247 – No momento em que o Brasil sofre uma explosão de mortes por covid-19 e uma desmoralização global, sendo repreendido até por Donald Trump, o ministério da Saúde decidiu recontar as mortes pela doença. "Tinha muita gente morrendo por outras causas e os gestores públicos, puramente por interesse de ter um orçamento maior nos seus municípios, nos seus estados, colocavam todo mundo como covid. Estamos revendo esses óbitos", disse o bilionário Carlos Wizard, que já despacha na Secretaria da Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, à jornalista Bela Megale, do Globo. Segundo ele, os dados atuais seriam “fantasiosos ou manipulados”. Saiba mais sobre a situação caótica no Brasil, em reportagem da Reuters:
(Reuters) - O Brasil registrou nesta sexta-feira mais 1.005 mortes em decorrência do novo coronavírus, elevando a contagem total para 35.026, informou o Ministério da Saúde.
Em relação ao número de casos, foram contabilizadas 30.830 novas infecções, o que faz com que o total no país atinja 645.771, segundo o ministério.
O Brasil é o segundo país com maior número de casos confirmados no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem quase 1,9 milhão de infecções.
O país é o terceiro na contagem de óbitos, abaixo somente dos EUA (108.068) e do Reino Unido (40.261).
A divulgação diária dos números da Covid-19 no Brasil pelo Ministério da Saúde não indica que as infecções e óbitos tenham necessariamente ocorrido nas últimas 24 horas, mas sim que os registros foram inseridos no sistema no período.
A pasta anunciou nesta sexta-feira que a divulgação dos dados seria mais tarde, alegando necessidade de checagens junto a secretarias estaduais e municipais. Até o início desta semana, os dados vinha sendo publicados às 19h.
“Acabou matéria no Jornal Nacional... O Jornal Nacional gosta de dizer que o Brasil é recordista em mortes. Não interessa de quem partiu (a decisão), é justo sair 10 da noite para sair o dado completamente consolidado”, disse o presidente Jair Bolsonaro a jornalistas sobre o tema.
De acordo com a contagem de casos realizada pelo ministério por Estados, São Paulo segue como o mais afetado pela Covid-19, atingindo as marcas de 134.565 casos e 8.842 óbitos.
O governo paulista estimou na quarta-feira que o Estado terá de 190 mil a 265 mil casos de coronavírus até o final deste mês.
O Brasil possui 266.940 pacientes recuperados da Covid-19, segundo o Ministério da Saúde.


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