"Tinha
muita gente morrendo por outras causas e os gestores públicos, puramente por
interesse de ter um orçamento maior nos seus municípios, nos seus estados,
colocavam todo mundo como covid. Estamos revendo esses óbitos", disse
Carlos Wizard, novo secretário do ministério da Saúde
Coveiros com trajes de proteção enterram homem morto pela Covid-19 em cemintério em São Paulo 04/06/2020 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli) |
247 – No momento em que
o Brasil sofre uma explosão de mortes por covid-19 e uma desmoralização global,
sendo repreendido até por Donald Trump, o ministério da Saúde decidiu recontar
as mortes pela doença. "Tinha muita gente morrendo por outras causas e os
gestores públicos, puramente por interesse de ter um orçamento maior nos seus
municípios, nos seus estados, colocavam todo mundo como covid. Estamos revendo
esses óbitos", disse o bilionário Carlos Wizard, que já despacha na Secretaria
da Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, à jornalista Bela Megale, do
Globo. Segundo ele, os dados atuais seriam “fantasiosos ou manipulados”. Saiba
mais sobre a situação caótica no Brasil, em reportagem da Reuters:
(Reuters) - O Brasil registrou
nesta sexta-feira mais 1.005 mortes em decorrência do novo coronavírus,
elevando a contagem total para 35.026, informou o Ministério da Saúde.
Em relação ao número de casos, foram
contabilizadas 30.830 novas infecções, o que faz com que o total no país atinja
645.771, segundo o ministério.
O Brasil é o segundo país com maior número
de casos confirmados no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem
quase 1,9 milhão de infecções.
O país é o terceiro na contagem de óbitos,
abaixo somente dos EUA (108.068) e do Reino Unido (40.261).
A divulgação diária dos números da
Covid-19 no Brasil pelo Ministério da Saúde não indica que as infecções e
óbitos tenham necessariamente ocorrido nas últimas 24 horas, mas sim que os
registros foram inseridos no sistema no período.
A pasta anunciou
nesta sexta-feira que a divulgação dos dados seria mais tarde, alegando
necessidade de checagens junto a secretarias estaduais e municipais. Até o
início desta semana, os dados vinha sendo publicados às 19h.
“Acabou matéria no Jornal Nacional... O
Jornal Nacional gosta de dizer que o Brasil é recordista em mortes. Não
interessa de quem partiu (a decisão), é justo sair 10 da noite para sair o dado
completamente consolidado”, disse o presidente Jair Bolsonaro a jornalistas sobre
o tema.
De acordo com a contagem de casos
realizada pelo ministério por Estados, São Paulo segue como o mais afetado pela
Covid-19, atingindo as marcas de 134.565 casos e 8.842 óbitos.
O governo paulista estimou na quarta-feira
que o Estado terá de 190 mil a 265 mil casos de coronavírus até o final deste
mês.
O Brasil possui 266.940 pacientes
recuperados da Covid-19, segundo o Ministério da Saúde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário