A partir
desta segunda-feira, três ministros, seis delegados e uma deputada federal
devem prestar depoimentos no inquérito que investiga a veracidade das acusações
do ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio
Moro, contra o chefe do Executivo. Esses depoimentos serão decisivos para a
investigação que pode determinar o afastamento de Jair Bolsonaro
Reunião do Ministério citada por Sergio Moro em depoimento à PF (Foto: Divulgação/ Marcos Corrêa/PR) |
247 - O ocupante
do Palácio do Planalto pode ser denunciado ainda nesta semana pela
Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva e outros crimes, como
obstrução de Justiça e advocacia administrativa por tentar interferir na
autonomia da Polícia Federal. São motivos suficientes para afastá-lo da
Presidência da República.
Se Bolsonaro for denunciado pela PGR e, se
a Câmara aprovar o prosseguimento das investigações, Bolsonaro será afastado do
cargo automaticamente por 180 dias, informa o jornalista Matheus Teixeira na
Folha de S.Paulo.
O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo
Tribunal Federal), pode decidir também nos próximos dias sobre a publicidade do
vídeo da reunião ministerial em que Bolsonaro teria ameaçado Moro de demissão
caso não trocasse o diretor-geral da PF.
A ampla divulgação do vídeo pode gerar um agravamento da
crise política e institucional no país.Durante a reunião ministerial gravada em
vídeo, membros do alto escalão do governo teriam feito severas críticas aos
Poderes Judiciário e Legislativo e ataques à China. O chanceler Ernesto Araújo
teria atribuído à China a responsabilidade pela pandemia do coronavírus, que
ele chama de "comunavírus", com a anuência de Bolsonaro, o que pode gerar
mais uma crise diplomática com o maior parceiro econômico e comercial do
Brasil.
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