Deputado
federal Paulo Pimenta revela que Bolsonaro pode ter feito o exame que testa
para coronavírus com o pseudônimo do torturador da ditadura militar Carlos
Alberto “Ustra” e anuncia que questionará o Hospital das Forças Armadas
247- O deputado federal
Paulo Pimenta (PT-RS), em entrevista ao Bom Dia 247 na manhã desta quinra-feira
(7), revelou que Jair Bolsonaro pode ter feito o exame que testa para
coronavírus com o pseudônimo do torturador e assassino da ditadura militar
Carlos Alberto Brilhante Ustra e anuncia que questionará o Hospital das Forças
Armadas de Brasília, onde o ocupante do Planalto realizou o teste. “Eu acho que
ele usou o nome de um terceiro e o exame deu positivo [para coronavírus],
disse, e completou: "A informação que tenho é que usou o nome
Ustra".
Referência número um de Bolsonaro, Ustra
foi chefe do DOI-COIDI durante a ditadura militar, coordenando e participando
de diversas torturas que culminaram em assassinatos de civis.
O imbróglio
envolvendo o exame de Bolsonaro
No início de março, Bolsonaro e membros da
sua comitiva voltaram dos EUA com suspeitas do coronavírus e 23 testaram
positivo. Desde então, Bolsonaro nega ter contraído a doença, mas não apresenta
o teste que comprova sua fala.
Desde março, quatro seguranças de
Bolsonaro contaminam-se com o coronavírus e nesta quarta-feira, seu porta-voz
testou positivo para o vírus, reforçando as suspeitas de que Bolsonaro contraiu
a doença e segue fazendo aparições públicas, participando e incitando
aglomerações, além de comprimentar e abraçar pessoas, colocando todos próximos
a ele em risco.
No dia 27 de abril, o TRF-3 deu prazo de
48 horas para União fornecer ‘os laudos de todos os exames’ feitos por
Bolsonaro para identificar a infecção ou não pelo novo coronavírus, atendendo a
um pedido feito pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Contrariando a ordem judicial, que exigia
a íntegra do exame, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou um relatório
médico da coordenação de saúde da Presidência, datado do dia 18 de março, no
qual aponta que Bolsonaro encontra-se assintomático, mas não revela se o
ocupante do Planalto contraiu o vírus. A AGU também recorreu ao TRF-3,
argumentando que não existe obrigação legal de fornecer os referidos exames.
Nesta quarta-feira (6) O TRF-3 decidiu
manter a determinação judicial que obriga a AGU (Advocacia-Geral da União) a
divulgar os laudos de todos os exames realizados para detectar se Jair
Bolsonaro foi infectado com o novo coronavírus.
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