Revelação
foi feita pelo empresário Paulo Marinho, que foi suplente de Flávio Bolsonaro
na disputa para o Senado. Entre o primeiro e o segundo turno, Flávio foi
orientado a demitir Fabrício Queiroz, que era tesoureiro da família Bolsonaro e
foi pivô do escândalo da rachadinha
(Foto: Reuters | Reprodução) |
247 – Surge, neste
domingo, mais uma prova de que as "instituições" brasileiras foram
usadas para fraudar o processo eleitoral de 2018, favorecendo Jair Bolsonaro e
a ascensão da extrema-direita. Não bastasse a inabilitação forçada do
ex-presidente Lula, pelo TSE, e o vazamento da delação de Antonio Palocci, pelo
ex-juiz Sergio Moro, descobre-se agora que a Polícia Federal vazou para Flávio
Bolsonaro que o esquema da rachadinha estava sendo investigado e que ele
deveria demitir seu assessor Fabrício Queiroz, que era uma espécie de
tesoureiro da família Bolsonaro.
A revelação foi feita pelo empresário
Paulo Marinho, suplente de Flávio, em entrevista à jornalista Mônica Bergamo,
publicada na Folha de S. Paulo. Segundo ele, Flávio disse que soube com
antecedência que a Operação Furna da Onça, que atingiu Queiroz, seria
deflagrada. "Foi avisado da existência dela entre o primeiro e o segundo
turnos das eleições, por um delegado da Polícia Federal que era simpatizante da
candidatura de Jair Bolsonaro. Mais: os policiais teriam segurado a operação,
então sigilosa, para que ela não ocorresse no meio do segundo turno,
prejudicando assim a candidatura de Bolsonaro. O delegado-informante teria
aconselhado ainda Flávio a demitir Fabrício Queiroz e a filha dele, que
trabalhava no gabinete de deputado federal de Jair Bolsonaro em Brasília. Os
dois, de fato, foram exonerados naquele período —mais precisamente, no dia 15
de outubro de 2018", aponta a reportagem.
O escândalo estourou logo depois e Queiroz
se tornou um "foragido" cujo paradeiro é conhecido, mas que segue
blindado pelas mesmas "instituições" que fraudaram o processo
eleitoral de 2018, para permitir Jair Bolsonaro e prejudicar Fernando Haddad.
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