O total
de gastos sigilosos vinculados a Bolsonaro e sua família foi de R$ 3,76 milhão
neste ano, um salto em relação a períodos anteriores. Órgãos como GSI e Abin
também tiveram alta
Jair Bolsonaro e General Augusto Heleno (Foto: Carolina Antunes/PR) |
247 – Jair Bolsonaro e sua equipe gastam cada vez mais
recursos públicos sem prestar contas à sociedade. "Os gastos com cartão
corporativo da Presidência da República, usado para bancar despesas sigilosas
do presidente Jair Bolsonaro, dobraram nos quatro primeiros meses de 2020, na
comparação com a média dos últimos cinco anos. A fatura no período foi de R$ 3,76
milhões, valor que é lançado mensalmente no Portal da Transparência do governo,
mas cujo detalhamento é trancado a sete chaves pelo Palácio do Planalto",
aponta reportagem de Patrick Camporez e Thiago Faria, publicada no jornal
Estado de S, Paulo.
"O fato é que, neste início de ano, essas despesas deram
um salto e fugiram do padrão do que gastaram os ex-presidentes Dilma Rousseff e
Michel Temer no mesmo período. Foge do padrão, inclusive, do que gastou o
próprio Bolsonaro no seu primeiro ano de mandato, quando apresentou uma despesa
de R$ 1,98 milhão de janeiro a abril. Mas não foi só a fatura dos cartões
ligados diretamente a Bolsonaro que explodiu neste início do ano. O total de
despesas sigilosas da Presidência, que inclui também gastos do Gabinete de
Segurança Institucional (GSI) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
aumentaram na mesma proporção. Foram R$ 7,55 milhões em despesas sigilosas da
Presidência da República de janeiro a abril, 122% a mais do gasto no mesmo
período do último ano do governo Temer. Em cinco anos, o mais próximo disso
foram os R$ 4,69 milhões (em valores corrigidos pela inflação) despendidos em
2015, na gestão de Dilma", apontam ainda os jornalistas.
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